Lojistas protestam em frente à Prefeitura de BH reivindicando a reabertura do comércio

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
29/06/2020 às 11:39.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:53
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

“Nossas famílias precisam de sustento e a única fonte de renda encontra-se bloqueada. Será preciso passar fome?”. A mensagem é de manifestantes que protestam em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na manhã desta segunda-feira (29). O grupo reivindica a reabertura total do comércio.

Aos gritos de “queremos trabalhar”, centenas de pessoas fecham três faixas da avenida Afonso Pena, no Centro da metrópole. O ato, apesar de provocar aglomeração, acontece de forma pacífica. Nesta segunda-feira (29), a capital mineira recuou no isolamento social.

Um dos organizadores do movimento, o administrador Pedro Moreira, de 28 anos, pede que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) abra diálogo com a categoria. “Sabemos que a situação é delicada, mas queremos saber o que é preciso ser feito. Os empresários têm condições de ajudar a cidade nessa batalha”, disse. 

Segundo ele, nenhuma cidade ficou mais de cem dias com o comércio fechado. “Em BH, 80% dos empregos vêm do comércio e indústria. Merecemos atenção. Ninguém aguenta ficar tanto tempo parado”, destacou. 

Para os manifestantes, são necessários mais leitos para atender os infectados com a Covid-19. “Cem dias dá para dobrar e abrir muitos leitos”, acrescentou Moreira. Na semana passada, Belo Horizonte anunciou mais leitos na cidade.

Agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar acompanham o protesto, mas não estimaram o número de participantes. Os organizadores dizem que há cerca de 1.500 pessoas.

Em nota, a PBH informou reiterar a necessidade do isolamento social devido aos índices de transmissão do vírus e ocupação de leitos para Covid de UTI (86%) e de enfermaria (67%). “Cabe destacar que no retorno à fase 0, 776 mil empregos do setor privado se mantêm ativos (87% do total)”.

Quanto à assistência à saúde, o Executivo informou que só em junho foram abertos 232 leitos exclusivos para pacientes com o novo coronavírus. Atualmente, são 1.099, sendo 798 de enfermaria e 301 de UTI. “Um aumento de mais de 460% de leitos (no comparativo março/junho)”, diz a nota.

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