O reajuste na tarifa de energia elétrica, que será anunciado na próxima terça-feira, já provoca reação do empresariado. Grande parte da produção industrial tem na energia uma monta considerável na rubrica dos custos. Obviamente que a indústria repassa o aumento no valor final dos produtos. Os comerciantes então, além de comprá-los mais caros, terão também os custos aumentados em função da luz. Uma padaria, por exemplo, sofre grande influência quando o preço da conta é reajustado. E adivinha quem paga a conta? O consumidor, é claro. Não à toa os chamados preços administrados tem impacto significativo na composição da inflação. A Agência Nacional de Energia Elétrica anuncia, na terça-feira, o reajuste de cerca de 25% na conta para o consumidor residencial. Há uma diferença, pequena, para quem consome mais, em escala industrial. O aumento começa a valer a partir do dia 28. Ontem, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL)de Belo Horizonte se manifestou em protesto ao reajuste. O presidente da entidade, Bruno Falci, encaminhou ofício ao governador Fernando Pimentel (PT) pedindo que não aplique o percentual, já que o governo é o maior acionista da Cemig. “Esse aumento interfere na economia da cidade, afetando toda cadeia produtiva e diminuindo a renda em circulação”, disse. “Este elevado percentual trará grande impacto sobre as micro, pequenas e médias empresas que, não terão outro caminho, senão repassá-lo ao custo final das mercadorias, fazendo perder sua competitividade no mercado”, completa. Pelos cálculos da CDL/BH o reajuste irá aumentar em 4% as planilhas de custo do comércio, importando em 2% no valor dos produtos comercializados. Para piorar a situação, vale lembrar que, em 2016, o ICMS da energia elétrica subiu de 18% para 25%. A Cemig, em coletiva para a imprensa na última semana, em que divulgou lucro líquido de R$ 1 bilhão em 2017 (três vezes superior ao valor de 2016), informou que o reajuste na conta tem percentual proposto pela Aneel. Denúncia contra o MST A Assembleia Legislativa vai realizar audiência pública para debater denúncias contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "As constantes invasões de propriedades pelo MST estão levando terror ao interior de Minas”, diz o presidente da Comissão de Agropecuária, deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB). Segundo ele, em especial, Montes Claros e outros municípios do Norte do Estado, além de cidades como Uberlândia (Triângulo), Barbacena (Central) e Campo do Meio (Sul), “vêm sofrendo sérios problemas por causa da violência imposta pelos invasores”. A situação é séria. A audiência será na próxima segunda-feira.