Luis Cláudio deixa OAB para coordenar campanha de Pacheco

28/06/2018 às 20:02.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:04

 O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, sessão Minas Gerais, Luis Cláudio Silva Chaves, licenciou-se da instituição para “coordenador do projeto técnico” de governo do pré-candidato Rodrigo Pacheco (DEM).

“Rodrigo é uma alternativa jovem. É uma opção diferente. Vamos apresentar uma perspectiva nova para Minas Gerais”, disse Luis Cláudio. 

A licença dele vai até o dia 7 de outubro, depois do primeiro turno das eleições. O advogado é amigo de Pacheco, também formado em Direito. Atuaram juntos na Ordem. 

Entra no posto de Chaves na OAB Felipe Sarmento Cordeiro.

A equipe de Pacheco está animada. Pesquisa interna coloca o Democrata na quarta colocação, atrás de Antonio Anastasia (PSDB), Fernando Pimentel (PT) e Marcio Lacerda (PSB). Como os dois primeiros devem duelar em troca de acusações durante a campanha, abriria caminho para uma terceira via, conforme análise de aliados de Pacheco.

Mudança de cenário

O PSB do ex-prefeito Marcio Lacerda deve anunciar, nos próximos dias, a aliança nacional com o PDT de Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência da República. 
As alianças nacionais podem alterar o cenário eleitoral em Minas Gerais. Marcio Lacerda, pré-candidato ao Palácio da Liberdade, é um dos nomes cotados para ser vice de Ciro. Se não for, terá o apoio em Minas do PDT e de outras legendas que fecharem com Ciro. 

Há pouco mais de 20 dias do início das convenções, o quadro nacional ainda não ficou definido. Rodrigo Maia (DEM) também mantém conversas com Ciro. Menos adiantadas. Maia pode levar o chamado Centrão a uma união com o pedetista. É a alternativa ao PSDB que insiste na pré-candidatura de Geraldo Alckmin. Como o ex-governador de São Paulo não decola, os aliados estão procurando caminhos alternativos. 

Existe uma pressão para que o PSDB troque Alckmin por João Doria, inicialmente pré-candidato ao governo paulista. Porém, Alckmin refuta a ideia. E como ninguém tem coragem de impor a proposta, o candidato tucano deve mesmo ser o ex-governador. 


Com isso, os aliados do Centrão poderão migrar para um apoio a Ciro. Nessa hipótese, em Minas, Rodrigo Pacheco, pré-candidato ao Palácio da Liberdade pelo Democratas, e Marcio Lacerda podem caminhar juntos, em um primeiro ou segundo turno, caso Lacerda não seja vice de Ciro. 

Temer em baixa, Lula em alta

Pesquisa CNI/Ibope para eleição presidencial mostra o que ex-presidente Lula (PT) ficaria em primeiro lugar, com 33% dos votos. Em seguida, com 15%, chegaria Jair Bolsonaro. Marina Silva teria 7% das intenções de voto, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin ficariam com 4% dos votos cada e Álvaro Dias alcançaria 2%. Os demais candidatos ficariam com 1% cada. 

Sem Lula, Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede) liderariam as intenções de voto empatados tecnicamente, o primeiro com 17% e a segunda com 13%.

A pesquisa também mostra que aumentou a insatisfação com o governo do presidente Michel Temer. O número de entrevistados que avalia o governo como ruim ou péssimo subiu de 72% em março para 79% em junho. Foi a pior avaliação do governo desde o início do mandato de Temer. Apenas 4% consideram o governo ótimo ou bom.

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