Mãe de Eliza Samudio entra com novo recurso no STF para revogar a liberdade do goleiro Bruno

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
20/03/2017 às 11:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:48
 (Flavio Tavares)

(Flavio Tavares)

Advogados que representam Sônia de Fátima de Moura, mãe de Eliza Samudio, encaminharam novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de revogação da liberdade do goleiro Bruno Fernandes. Ele foi condenado em 1ª instância a 22 anos e três meses em regime fechado pela morte da ex-amante. 

No pedido, a defensora Maria Lúcia Borges Gomes solicita que o ministro Marco Aurélio Mello reconsidere a decisão de soltura do atleta. A advogada também pede que o recurso seja analisado pelo colegiado de ministros. No sábado (10), o STF já negou o recurso de revogação do habeas corpus do arqueiro.

No novo documento, a advogada sugere “à Vossa Excelência a reconsideração da decisão agravada; se esse não for o caso, que Vossa Excelência coloque o feito em mesa, a fim de que o órgão colegiado possa examinar o recurso de agravo e, ao final, dar - lhe provimento, reformando a decisão monocrática agravada”. O pedido foi entregue na última sexta-feira (17).

A advogada reforça que “a manutenção da prisão garante a ordem pública”, além de frisar a força como que Eliza Samudio foi morta, o que tornaria a soltura do goleiro ainda mais preocupante.

Preso desde julho de 2010, Bruno Fernandes foi condenado em 8 de março de 2013 pelo Plenário do Tribunal do Júri, em Contagem, na Grande BH, por três crimes: homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima; sequestro e cárcere privado qualificado por ser a vítima menor de 18 anos; e ocultação de cadáver.

Ao conceder a liberade para o goleiro, no dia 21 de fevereiro, Marco Aurélio considerou o fato de Bruno estar preso há sete anos sem a conclusão do processo na segunda instância. Com a soltura, Bruno voltou ao futebol e hoje é goleiro do Boa Esporte Clube, de Varginha.

O pedido de Sônia de Fátima ainda não tem prazo para ser analisado no STF.  

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