Grupo terá três parlamentares que votaram a favor da abertura da investigação
Professora Marli é mãe do secretário de Estado da Casa Civil, desafeto de Gabriel (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
A comissão que vai conduzir os trabalhos para apurar se o vereador Gabriel Azevedo (sem partido) cometeu quebra de decoro parlamentar, em processo que pode culminar na perda do mandato dele, será formada por três parlamentares que votaram a favor da abertura da investigação. Foram sorteadas para compor o grupo as vereadoras professora Marli (PP), escolhida como relatora, Janaína Cardoso (União), presidente da comissão, e Iza Lourença (Psol), membro.
Professora Marli é mãe do secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro, desafeto de Gabriel e acusado pelo atual presidente da Câmara de pressionar vereadores a votarem pela abertura do processo de cassação dele. Marcelo Aro nega as acusações.
A Câmara de BH decidiu nesta segunda-feira (4) instaurar um processo de cassação contra Gabriel, atual presidente do Legislativo municipal. Por 26 votos a favor, 14 abstenções e nenhuma manifestação em contrário, foi decidida a abertura da investigação que pode levar à perda de mandato por quebra de decoro parlamentar.
A abertura do processo não significa a perda do mandato. O que os vereadores decidiram é que a denúncia feita pela ex-vereadora Nely Aquino (Podemos), hoje deputada federal, seja investigada. Ao fim do processo, será decidida ou não a cassação. Esta é a primeira vez que um líder da Casa tem um processo de cassação aberto contra si enquanto exerce a função.
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