(TJMG/Divulgação)
Uma mulher de 25 anos foi condenada a 25 anos de prisão em regime fechado por tortura e assassinato da própria filha de 7 anos, em Bocaiuva, no Norte de Minas. O julgamento, que durou quase 14 horas, aconteceu na última sexta-feira (23). O crime ocorreu em outubro de 2016.
A juíza Vívian Lopes Pereira de Figueiredo levou em conta que a ré tinha sofrimento mental, mas havia várias circunstâncias agravantes, entre elas o fato de que a violência foi praticada contra descendente e a vítima era menor de 12 anos. A ré foi condenada a homicídio duplamente qualificado em concurso material (quando a pessoa, por meio de mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes).
Segundo a denúncia, a menina vinha sendo submetida a intensos sofrimentos físicos e verbais de meados de 2015 a outubro de 2016. Testemunhas ouvidas afirmaram que era comum vê-la com ferimentos no corpo e no rosto e comportamento arredio e triste. Ela apresentava uma doença de pele, que, de acordo com o Ministério Público (MP), levava a mãe a ofendê-la frequentemente, dizendo que por essa razão a criança era rejeitada.
No dia do homicídio, a mãe golpeou a cabeça da menina diversas vezes contra a parede. Apesar de a criança ter vomitado em decorrência do espancamento, a mãe só procurou assistência médica, chamando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), após a morte.
Fonte: TJMG