"Macarrão estava de saco cheio de ser pau-mandado de Bruno", diz ex-namorada

Amanda Paixão, Danilo Emerich e Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
05/03/2013 às 14:11.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:35
 (Amanda Paixão)

(Amanda Paixão)

A ex-namorada de Luiz Henrique Romão, "Macarrão", Andréia Rodrigues da Silva, de 27 anos, tumultou a saída dos presentes no fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH, nesta terça-feira (5). Ela afirmou que o ex-namorado fazia tudo o que o goleiro Bruno Fernandes mandava e que ele já estava de "saco cheio" de ser tratado como um "pau-mandado" pelo atleta. Segundo ela, "Macarrão" jamais faria alguma coisa sem consentimento de Bruno.

Durante o relacionamento que manteve com o ex-braço-direito de Bruno Fernandes, Andréia revelou que o companheiro nunca disse com todas as letras que Bruno deu a ordem para que Eliza Samudio fosse morta. Sobre a inocência de "Macarrão" ela disse que a culpa dele é "meio a meio, ele foi mandado", afirmou. As declarações de Andréia foram feitas em meio a muita confusão, já que ela foi assediada pelos jornalistas que se encontram na porta do fórum de Contagem.

Ela negou a história de que teria recebido um par de brincos de presente de Macarrão que seriam de Eliza Samudio. Acompanhada pelo assistente de acusação, José Arteiro, Andréia falou que "Macarrão" não odiava Eliza Samudio, bastava que ela ficasse no canto dela e ele no dele. Arteiro tentou arrolar a ex-companheira de Luiz Henrique Romão como testemunha, mas não conseguiu.

O advogado de Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo, rechaçou as afirmações da mulher. "Elas não significam nada porque ela não é testemunha", afirmou o defensor. A expectativa de Lúcio Adolfo é de que o réu só seja ouvido na quarta-feira (6), já que após o retorno do almoço serão transmitidos o material audiovisual do processo e, em seguida, a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues deve ser interrogada pela promotoria e defesa.

Adolfo descartou a possibilidade de acordo e disse que o que ocorreu em novembro, no julgamento de Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", foi "imoral e indecente". Ele espera que o júri seja concluído na quinta-feira (7). O defensor do goleiro afirmou, porém, que Bruno vai "confessar alguma coisa".

Entenda o caso
 
Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.
 
Acusado de homicídio triplamente quaificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver, o goleiro Bruno está sendo julgado esta semana. Segundo a acusação, o atleta seria mandante do crime. Além dele, está sendo julgada também sua ex-mulher Dayanne Rodrigues, que responde por sequestreo e cárcere privado.
 
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", é acusado de matar Eliza Samudio. Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O julgamento de "Bola" está marcado para ocorrer no dia 22 de abril.
 
O ex-policial, o goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues tiveram o processo desmembrado durante o júri popular que ocorreu de 19 a 23 de novembro do ano passado, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem. Na ocasião, apenas Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", e Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, foram julgados. Macarrão foi sentenciado a 15 anos de prisão e Fernanda a cinco no regime aberto.

Atualizada às 15h54.
 
Além deles, ainda serão julgados o ex-caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vítor da Silva e o motorista do atleta, Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha". Os réus respondem por sequestro e cárcere privado e devem ser julgados em 15 de maio.
 

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