No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de uma pessoa detida com três gramas de maconha pede que porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime (Arquivo HD)
O Distrito Federal de Columbia, onde se encontra a capital dos Estados Unidos, Washington, desafiou as ameaças do Congresso norte-americano e avançou nesta quinta-feira com a proposta de iniciativa popular para legalização da maconha.
Apesar de manobras de última hora de líderes republicanos no Congresso, a prefeita Muriel Bowser, do Partido Republicano, afirmou que a cidade estava implementando a legalização da maconha a partir de 0h01 (hora local, 2h01 de Brasília).
Bowser disse que os planos da cidade não mudariam, apesar de uma carta assinada pelos dois principais representantes republicanos na Câmara ameaçar graves repercussões caso a cidade tornasse legal a posse da maconha.
Por ser um distrito e não um estado, o Congresso tem a palavra final sobre o Distrito de Columbia. Desta forma, os republicanos agiram com rapidez para bloquear a iniciativa de legalização, que foi aprovada por quase dois terços dos eleitores da cidade em novembro.
O deputado republicano Jason Chaffetz, que preside o Comitê de Supervisão da Câmara, pediu a Bowser que ela reconsiderasse seus planos para implementação da iniciativa, dizendo que a ação violaria claramente a lei federal.
"Nós discordamos sobre isso ser uma questão de direito. Há maneiras mais razoáveis para resolver isso sem ficarmos trocando ameaças", afirmou Bowser.
O Distrito de Columbia se torna o primeiro território a leste do rio Mississippi onde a maconha recreativa é legalizada. O Alasca também tornou o porte legal nesta semana, juntando-se aos estados de Colorado e Washington.
A iniciativa legaliza a posse de até 2 onças (57 gramas) para uso em casa, onde as pessoas podem cultivar até três plantas. Fumar maconha em público continua a ser ilegal, assim como a compra ou venda da droga. Fonte: Associated Press.
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