(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que, após o arquivamento pela Casa da denúncia contra o presidente Michel Temer, a votação da reforma da Previdência em plenário terá de ser reorganizada. Segundo ele, será preciso recompor os partidos da base aliada, para alcançar os 308 votos mínimos necessários para aprovar a matéria.
"Sabemos que vamos ter que reoganizar a votação. Para ter os 308 votos necessários, vamos ter que reorganizar", afirmou Maia em entrevista ainda no plenário, logo após encerrar a sessão em que a denúncia contra Temer foi votada. Na votação de hoje, o governo só conseguiu reunir 263 votos contra a abertura de investigação, além de duas abstenções e 19 ausências, também consideradas favoráveis a Temer.
Maia afirmou que será preciso entender melhor o "ambiente" na base aliada para que a reforma da Previdência possa ser votada. Por esse motivo, ele evitou dar uma previsão de quando a proposta será votada. Em entrevista ao Broadcast em julho, o presidente da Câmara chegou a dizer que, se a reforma não começasse a ser analisada em plenário até o fim de agosto, não haveria mais condições de votá-la antes de 2019.
Em uma tentativa de demonstrar protagonismo sobre o tema, Maia afirmou que trabalhará pessoalmente para tentar recompor a base aliada, principalmente para atrair o PSDB de volta. Os tucanos deram 22 votos a favor de Temer e 21 contra, além de quatro abstenções. "Vamos trabalhar para que a base volta a ter 330 votos", afirmou o parlamentar fluminense. (Igor Gadelha - igor.gadelha@estadao.com)
Leia mais:
Oposição não consegue votos suficientes e processo contra Temer é arquivado
Após rejeição da Câmara, Fachin decidirá futuro da denúncia contra Temer
Placar final da votação do parecer da CCJ tem 263 votos a favor e 227 contra