O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou nesta tarde de terça-feira, 20, que o resultado da votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado que derrotou o relatório da reforma trabalhista teria matado a tramitação da reforma da Previdência na Câmara. "Não tem nada morto. Estamos do ponto de vista fiscal quase mortos, por isso a gente precisa da reforma da Previdência", respondeu.
De passagem pela Câmara, Maia disse que deputados e senadores têm consciência da importância das matérias, por mais difícil que sejam". "Não é um bom resultado, mas tem a CCJ e o plenário. E o presidente Eunício Oliveira me deu muita certeza de que o plenário deve encaminhar positivamente a reforma", acrescentou.
O deputado enfatizou que a reforma trabalhista moderniza a legislação e pode gerar mais empregos. "É isso que as pessoas precisam entender", insistiu. Ele acredita que na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e no plenário o governo tem maioria para garantir a aprovação do projeto.
Sobre a reforma política, Maia contou que promoveu um café da manhã com líderes partidários na residência oficial onde fez um apelo para que o assunto seja retomado o mais breve possível, com um texto encaminhado antes do recesso de julho. Maia disse esperar que em 2018 haja uma regra de transição e em 2022 um modelo com mais "apelo". "Vim relatar minha conversa com o presidente do Senado Eunício Oliveira. Neste tema, há um interesse maior do Congresso do que do governo", afirmou.
Maia desconversou ao ser questionando sobre a denúncia da Polícia Federal contra o presidente Michel Temer. "Vamos esperar a denúncia do doutor Janot", respondeu.
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