Rio de Janeiro - No Brasil, a maioria das fundações privadas e associações sem fins lucrativos é religiosa. Em seguida, aparecem entidades voltadas à defesa de direitos e interesses do cidadão, como mostra o Perfil das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em 2010 divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
As entidades religiosas sediadas no Brasil passavam de 82 mil em 2010 ou 28,5% do total. Os números são ainda maiores, segundo a pesquisa, pelo fato de muitas instituições assistenciais, educacionais e de saúde de origem religiosa não estarem classificadas como tal.
Entre as instituições que trabalham na defesa dos direitos humanos (42,4 mil em 2010), a maioria era formada por centros e associações comunitárias (20 mil), seguida de associações de moradores (13 mil), de entidades de defesa de direitos de grupos e minorias (5 mil), de desenvolvimento rural (1,5 mil), emprego e treinamento (500) e outras instituições (2,1 mil).
Mais da metade das instituições religiosas (57,4%) estão situada na Região Sudeste. As entidades de defesa de direitos estão em maior número no Nordeste (37,7%), que concentra quase a metade dos centros e associações comunitárias (45,3%), subgrupo das fundações e associações voltadas a atender o cidadão.
Das entidades criadas na última década (118 mil), 27% eram religiosas (32 mil). Já as entidades mais duradouras, de acordo com o estudo, eram as da área da saúde, sobretudo, hospitais, pois mais da metade deles (53%) foram criados em 1980. Junto com o subgrupo outros serviços de saúde, os hospitais privados e sem fins lucrativos representavam mais da metade das entidades do setor de saúde (64,6%) e absorvem 16,6% dos profissionais da área.