Mais de 10 mil pessoas entraram sem pagar no clássico da última quinta-feira, no Mineirão

Alexandre Simões
16/07/2019 às 17:41.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:34
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

O clássico Cruzeiro 3, Atlético 0, na última quinta-feira (11), no Mineirão, confronto de ida entre os dois clubes pelas quartas de final da Copa do Brasil, teve mais de dez mil pessoas entrando de graça no estádio.

O boletim financeiro do jogo, publicado no site oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mostra que foram 51.958 pessoas no Gigante da Pampulha, sendo que 10.579 não pagaram ingresso.

Isso faz com que o público pagante do clássico seja de 41.379 torcedores, para uma renda de R$ 2.161.236,00. O preço médio do ingresso foi de R$ 52,23, numa partida em que a cada cinco pessoas presente na arena, uma não pagou.

No dia da partida, o público anunciado foi de 46.113, o que provocou estranheza em quem estava no Mineirão, pois estava claro que o estádio recebia mais de 50 mil pessoas. O clássico teve problemas na entrada das duas torcidas. Pelo lado atleticano ele aconteceu porque torcedores compraram bilhetes adulterados de cambistas, que "transformaram" ingressos a preços populares do lado cruzeirense colando um adesivo.

Os cruzeirenses enfrentaram problemas para entrar com os vouchers pela compra da entrada pela internet. Muitas vezes o código de barra não estava em boas condições e isso atrapalhava a leitura pela catraca.

O público não pagante envolve todo o pessoal em serviço além dos ingressos dos camarotes, com este número chegando quase a 7,5 mil pessoas, segundo o documento, que mostra ainda 3.058 gratuidades de inteira do Cruzeiro sem especificação de qual setor elas eram.

Segundo a assessoria de imprensa cruzeirense, essas entradas são de patrocinadores que investem no clube e têm direito a ingressos em todos os jogos do Cruzeiro como mandante: "o Clube cede cortesias aos seus vários patrocinadores, que têm direito a cotas estabelecidas em contratos comerciais", afirma a nota da Raposa.

A renda líquida cruzeirense foi de R$ 1,47 milhão, sendo que o clube pagou R$ 310 mil de despesas operacionais ao Mineirão. Isso não vinha sendo pago anteriormente e gerou uma grande dívida cruzeirense com a concessionária. Ela está sendo discutida entre as partes na Justiça.

O segundo maior gasto foi com arbitragem, pois entre taxas e diárias chegou a quase R$ 40 mil o valor desembolsado pelo Cruzeiro.

Confira o boletim financeiro do clássico da última quinta-feira:Reprodução/Site oficial CBF

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