(Reprodução / Farmácia Cruzeiro)
Quarenta e quatro remédios estão em falta no Farmácia de Minas, o programa que distribui medicamentos básicos, estratégicos, de doenças raras e crônicas.
Faltam, por exemplo, remédios usados por pacientes com doenças crônicas, como Parkinson, esquizofrenia, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e antiepiléticos.
Muitos são popularmente conhecidos como tarja preta, que têm controle rigoroso e só podem ser comprados com a retenção de receita médica. Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), é o caso do Clozapina, Risperidona e o Levetiracetam, por exemplo, que não têm previsão de reabastecimento.
Impacto para os pacientes
Segundo a farmacêutica e assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG), Danyella Domingues, alguns fármacos podem ser substituídos sem grandes prejuízos. Mas, nos casos de remédios de uso controlado, a falta ou a substituição pode trazer prejuízos para a evolução do quadro clínico do paciente.
“Cada caso é individual, o médico tem que avaliar a possibilidade de outra terapia farmacêutica, e a substituição é uma alternativa drástica na possibilidade de descontinuidade do tratamento”, esclarece.
Outra opção, de acordo com a profissional, é que o paciente compre o produto até que o abastecimento seja restabelecido.
O que diz a Secretaria de Estado de Saúde
Em nota, a SES-MG informou apenas que o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) é uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do SUS, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, publicados pelo Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com nota, o acesso aos medicamentos do CEAF é feito mediante solicitação administrativa, protocolada pelo paciente ou seu representante legal, junto à Coordenação de Assistência Farmacêutica (CAF) da Unidade Regional de Saúde (URS) de referência do município de residência do paciente ou em uma unidade municipal descentralizada.
A reportagem do Hoje em Dia questionou a SES sobre os motivos do desabastecimento e a previsão de normalização do fornecimento, mas a secretaria não respondeu.
Confira a relação dos medicamentos em falta no Farmácia de Minas:
Remédios que serão regularizados ainda em julho:
ÁCIDO URSODESOXICOLICO 150 MG COMPRIMIDO
DANAZOL 100 MG CÁPSULA
DAPAGLIFLOZINA 10 MG COMPRIMIDO REVESTIDO
FENOTEROL BROMIDRATO 100 MCG AEROSSOL ORAL
HIDROXICLOROQUINA 400 MG COMPRIMIDO
LEUPRORRELINA 11,25 MG INJETÁVEL
MESALAZINA 250 MG SUPOSITÓRIO
MORFINA LC 30 MG CÁPSULA
OCTREOTIDA LAR 10 MG SUSPENSÃO INJETAVEL
PIRIDOSTIGMINA 60 MG COMPRIMIDO
PRIMIDONA 100 MG COMPRIMIDO
Remédios que devem ser regularizados em agosto:
Remédios sem previsão de regularização: