BEIRUTE - A violência na Síria já deixou mais de 40 mil mortos, em sua maioria civis, desde o começo dos protestos contra o regime de Bashar al-Asad há 20 meses, informou nesta quinta-feira (22) o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
O OSDH é uma ONG com sede na Grã-Bretanha e que baseia seus dados nas informações transmitidas por uma rede de militantes e fontes médicas de hospitais civis e militares na Síria.
Ao menos 28.026 civis morreram desde 15 de março de 2011, segundo a ONG, que considera civis aqueles que decidiram empunhar armas contra as tropas do regime. O número de soldados mortos chegou a 10.150 e o de desertores a 1.379.
"Temos que levar em conta outros 574 mortos cujas identidades não foram estabelecidas", explicou o presidente do OSDH, Rami Abdel Rahman, o que elevaria o número de mortos a 40.129.
Estas contas porém não levam em consideração as milhares de pessoas desaparecidas nem a maioria dos mortos entre os "shabihas" (militantes do regime).
Sem solução
A brutal repressão do regime ao movimento de protesto popular desencadeou uma guerra civil. Os combates entre rebeldes e soldados e os bombardeios aéreos e com artilharia das tropas leais deixam dezenas de mortos todos os dias.
No fim de outubro, o mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, propôs uma trégua por ocasião da festa muçulmana do Aid al-Adha, que não foi respeitada.
A comunidade internacional, profundamente dividida, não consegue encontrar uma solução para o conflito.