SÃO PAULO - A polícia confirmou nesta quarta-feira (11) a morte de mais um suspeito de envolvimento na morte do menino boliviano Brayan Yanarico Capcha, 5. Esse é o quarto suspeito assassinado, sendo dois deles mortos dentro de uma penitenciária de São Paulo. Apenas um adolescente, também suspeito do crime, continua vivo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o corpo de Diego Rocha Freitas Campos, apontado como autor dos disparos que mataram o garoto, foi reconhecido por meio de fotos pelo pai. O corpo dele havia sido encontrado em 7 de julho, com marcas de tiro.
O corpo estava em uma rua da região do Jaçanã, na zona norte da capital paulista, na mesma área em que foi encontrado o corpo de Wesley Pedroso, 19, também suspeito do crime. Com marcas de tiro, ele foi encontrado também em julho, mas a identificação foi confirmada apenas ontem por meio de impressões digitais.
Outros dois suspeitos de envolvimento na morte de Brayan, identificados como Paulo Ricardo Martins e Felipe dos Santos Lima, foram assassinados no mês passado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santo André, Grande São Paulo. Segundo funcionários do sistema prisional, ambos foram envenenados com uma mistura de drogas e remédios.
O único suspeito de envolvimento no crime que continua vivo é um adolescente, que está internado na Fundação Casa.
Caso
Os bandidos que participaram do crime aproveitaram a chegada de um tio da criança para invadir a residência, na zona leste de São Paulo. Os familiares de Capcha chegaram a entregar R$ 4.500, mas os bandidos, insatisfeitos, passaram a ameaçar todos dentro da casa.
De acordo com o boletim de ocorrência, o menino chorava muito no momento do assalto, e os criminosos chegaram a dizer que cortariam a cabeça dele caso não parasse de gritar. Momentos antes de fugir, um dos bandidos disparou contra a cabeça do garoto.
Ele foi levado ao pronto-socorro do Hospital São Mateus pelos próprios pais, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo um investigador, a maioria dos membros da família de Brayan estava em São Paulo havia pouco tempo e não falava bem o português. Eles retornaram à Bolívia após o crime.