Mais uma vez a arbitragem

01/08/2017 às 00:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:51

Os erros da arbitragem na partida desta 17ª rodada do campeonato contribuíram muito mais para a instabilidade do Coritiba do que propriamente vieram pela competência do Atlético-MG.

Gol mal anulado do Atlético com Adilson em posição legal.

Pênalti inexistente a favor do Atlético com bola na mão por parte do defensor do Coritiba. Só se ele arrancasse o braço pra bola não atingir sua mão na trajetória.

O árbitro resolveu compensar e deu o pênalti.

Depois deu outro pênalti em cima do Léo Silva. Okay. Mas não deu o mesmo pênalti ocorrido com muito mais veemência em cima do atacante do Coritiba Rildo na área atleticana.

No Flamengo e Corinthians outro erro de arbitragem: Enquanto trombava e no defensor do Flamengo e não via o lance, o mineiro Ricardo Marques Ribeiro anulou o gol legítimo de Jô contra o Flamengo.

Entre Grêmio e Santos, mais problemas: erros do árbitro mexeram com o brio de atletas que chamaram de “sacanagem” em suas contas nas redes sociais o que foi feito pelo O árbitro catarinense Bráulio da Silva Machado que teve muito trabalho em Porto Alegre.

Como bem lembrado pelo historiador e escritor, jornalista do Observatório da Imprensa Guilherme Scalzilli, “os responsáveis pela arbitragem justificaram o prejuízo irremediável dizendo que “o erro faz parte do jogo”. Acontece que todo ano ocorrem “acidentes” parecidos. Sempre favorecendo os times poderosos, em decisões com equipes menos privilegiadas. É impossível acreditar em casualidade.

“Isso parece aceitável apenas no futebol brasileiro, visto como atividade menor, folclórica, indigna de obrigações com a legalidade. Repetindo o vício usual nas relações de consumo, abandona-se o esporte num limbo jurídico, onde torcedores, atletas e agremiações não têm qualquer proteção contra o cartel em exercício.

“A imprensa possui grande responsabilidade na legitimação do esquema. Porque endossa a mentira do equívoco inocente. Porque evita fazer levantamentos estatísticos das lambanças das arbitragens. E principalmente porque subestima o problema, ignorando-o nas suas bravatas moralistas.

“Não faltam propostas viáveis para amenizar o problema. O recurso visual, por exemplo, corriqueiro em diversas modalidades. Mas o ideal seria quebrar o domínio da CBF e das federações sobre a arbitragem, pelo menos concedendo aos times o direito de fugir dos conchavos regionais.

“Qualquer projeto digno de moralização do futebol precisa coibir esse absurdo ancestral e reincidente que pereniza o poder de uma elite corrupta. Chega de tratar a injustiça desportiva como algo fortuito ou natural. Antes que percamos de vez a capacidade de nos indignarmos” finaliza.

Em defesa da tecnologia no futebol imediatamente

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