Major César Ricardo: Comando com novas perspectivas

Jornal O Norte
14/08/2008 às 09:25.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:40

Na entrevista que se segue concedida ao jornalista Samuel Nunes, o major César Ricardo fala da sua gestão a frente do comando do 10° BPM e do trabalho realizado pela polícia militar na cidade.




(foto: ARQUIVO) 

Qual a sua expectativa para o seu trabalho junto ao comando do 10° BPM?

Nós estaremos à frente do comando da unidade até o mês de dezembro desenvolvendo ações junto à comunidade no sentido de oferecer um trabalho voltado para a segurança e de informação para a sociedade. No sentido da informação destaco o trabalho da imprensa que considero relevante e importante para todos. Pretendemos realizar um trabalho de aproximação com a comunidade, desenvolvendo trabalho de assistência social, envolvimento e engajamento, e claro, não vamos nos furtar a responsabilidade institucional da PM, no sentido de desenvolver ações importantes e repreensivas quando houver necessidade.

A comunidade aceitou o mesmo o Olho Vivo. Qual a sua avaliação?

São 27 câmaras instaladas na região central, estaremos ampliando em cerca de 90 dias para mais nove câmaras. É um trabalho que tem surtido um efeito positivo. É uma espécie de big brother na região central da cidade. É feito monitoramento 24 horas por dia de todas as ruas, inclusive com capacidade de visão dentro de estabelecimentos comerciais, tendo em vista que são câmeras de alta potência.

Isso tem inibido ações de delitos e gerado uma sensação de segurança na área central. Tivemos redução de mais de 50% em crimes a transeuntes e lojas. Isso é importante para o trabalho e para a imagem da polícia militar e acima de tudo, para a segurança do cidadão, que utiliza o centro da cidade para realizar diversas atividades.

Com relação aos homicídios que vêm ocorrendo. A população está atenta aos números e, sobretudo, temerosa. Como a PM tem trabalhado para reduzir este tipo de crime?

A estatística criminal demonstra para toda a comunidade uma redução da ordem de mais de 40% nos índices criminais na cidade. Assaltos furtos, roubos a pedestres e estabelecimentos comercias. Temos um trabalho importante em razão dos investimentos que foram feitos pelo Estado, parcerias com a comunidade e treinamento, da capacitação e engajamento de todos os militares neste processo.

O único crime que é um desafio para a nossa comunidade é o homicídio. Então, nos estaremos desenvolvendo um trabalho junto com a polícia civil, um trabalho integrado e de aproximação, no sentido de passarmos a acompanhar caso a caso todos os assassinatos, para que possamos identificar o seu autor, prende-lo e recolhe-lo ao presídio, como forma de inibirmos e combatermos os crimes de homicídios.

Agora, é um crime que ainda demonstra uma pequena elevação, mas, nós estamos sob-controle e realizando um trabalho individualizado no combate ao mesmo.

Quais os bairros mais perigosos da cidade e o que a polícia está fazendo para coibir a ação dos amigos do alheio?

Nós já temos um trabalho de identificação dos principais locais onde são praticados crimes na cidade. E esses locais estão sob monitoramento e nós vamos realizar ações importantes no sentido de intervirmos nestas áreas, levando à comunidade segurança, no sentido de que ela possa ter uma vida mais harmônica com seus vizinhos.

Temos muitos bairros, mas de uma forma geral a cidade tem algumas regiões mais críticas como, por exemplo, a comunidade Cristo Rei, Vila São Francisco de Assis e Chiquinho Guimarães que são pontos que merecem uma atenção especial.

Entretanto, toda a cidade está sob monitoramento da polícia militar.  

Com relação à lei seca. Como a polícia militar estará realizando as abordagens?

Já vamos desenvolver alguns trabalhos de fiscalização. As nossas equipes já estão orientadas a este respeito, até porque a lei seca não exige necessariamente o uso do bafômetro.

Existem outras formas de identificação onde podemos constatar o uso da bebida alcoólica. Obviamente o bafômetro é o instrumento, e dentre em breve vamos usá-lo.

Mas, acima de tudo, vamos realizar um trabalho de acompanhamento de observação por parte do próprio militar, uma vez que a lei permite isso, além de uma avaliação clínica por parte de um médico credenciado.

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