Cerca de 250 policiais federais (agentes, escrivães, papiloscopistas) de diversas cidades de São Paulo e da capital paulista realizaram nesta terça-feira uma passeata, partindo da sede do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal (Sindpolf/SP), na Lapa, zona oeste de São Paulo, até a Superintendência da PF no mesmo bairro. Na ato, os policiais carregaram balões pretos de gás e um elefante inflável branco representando "o arcaico inquérito policial", de acordo com o sindicato.
Na Ponte do Piqueri, na zona norte da capital, os manifestantes estenderam duas bandeiras, uma delas com um apelo à presidente Dilma Roussef: "Presidenta Dilma, a Polícia Federal pede socorro, Reestruturação Já". A outra mostrava a queda das prisões efetuadas pela PF nos últimos anos. A manifestação terminou por volta de 13 horas.
Para os policiais, há necessidade urgente de racionalizar e aproveitar melhor todo o potencial dos funcionários em prol da sociedade e da PF. "A reestruturação da PF até hoje não ocorreu e o governo protela esta reivindicação há mais de três anos", afirmou a entidade, em nota.
Segundo o sindicato, uma pesquisa inédita da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) mostrou que dos 2.360 agentes, escrivães e papiloscopistas entrevistados, 86,53% deles não estão realizados no trabalho. "Apenas 13,47% disseram que estão satisfeitos. Esse contingente representa cerca de 20% de todo o efetivo da PF", ressalta.
Ainda de acordo com o levantamento, 97,84% dos entrevistados dizem que não têm as mesmas oportunidades de crescimento profissional sendo que 90,76% consideram que são subaproveitados. "Ao todo, 69,03% acreditam que o ambiente de trabalho prejudica a saúde dos servidores - 30,30% responderam que por causa da atividade se submetem ou já se submeteram a tratamento psicológico ou psiquiátrico", finaliza.
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