Várias pessoas foram detidas durante protesto não autorizado pelo governo no centro de Moscou contra o presidente Vladimir Putin, incluindo o líder da oposição Alexei Navalny. A oposição havia pedido permissão para realizar a manifestação hoje, um ano após terem sido conduzidos os primeiros protestos contra Putin e que marcaram o forte descontentamento com sua volta à presidência.
Nalvany, líder carismático do Conselho de Coordenação pediu aos moscovitas que desafiassem as autoridades da cidade. Um pesado contingente policial marcou presença próximo aos cerca de 3 mil ativistas que chegaram a praça Lubyanka para o protesto, sede da Serviço de Segurança Nacional, principal sucessor da agência soviética KGB.
Em consequência do protesto, as autoridades russas deram início a uma segunda investigação contra Nalvany, acusando-o e a seu irmão, Oleg, pelo desvio de 55 milhões de rublos (US$ 1,8 milhão) de uma companhia de exportação. Nalvany já havia sido acusado anteriormente de desvio de dinheiro e sentenciado a 10 anos de prisão.
O movimento oposicionista espera manter seu ânimo apesar de uma série de divisões internas entre liberais, esquerdistas e nacionalistas e da forte pressão das autoridades sobre os dissidentes desde a volta de Putin à presidência, em maio. Mesmo os que apoiam o movimento admitem que a euforia que marcou os protestos há um ano já não é a mesma, e que mobilizar manifestantes está ficando cada vez mais difícil.
No auge dos protestos que se sucederam ao primeiro, em dezembro do ano passado, cerca de 120 mil pessoas se reuniram próximo ao Kremlin. As informações são da Dow Jones.
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