(Marcello Zambrana/Lightpress)
Ramón Ábila não é titular do Cruzeiro, mas é o artilheiro da equipe na temporada com 13 gols. Se mesmo na reserva o atacante se coloca com papel de protagonismo no clube, o argentino se achou no direito de cobrar titularidade. Coisa que fez há pouco mais de uma semana, quando se reuniu com a diretoria e manifestou o seu desejo de ter mais espaço no grupo.
O técnico Mano Menezes comentou o assunto nesta sexta-feira (7), dia de sua entrevista coletiva. Para o comandante, Ábila tem o direito de mostrar sua opinião.
“Sempre temos todos os assuntos conversados internamente. Ábila não reclamou. Ábila deu sua opinião, que ele tem todo o direito de dar", opinou o treinador celeste.
A diretoria do Cruzeiro confirmou nesta semana a conversa que teve com o empresário Adrián Ruocco, que cuida dos interesses de carreira de Ramón Ábila. No entanto, em conversa com os jornalistas, o diretor de futebol Klauss Câmara não comentou se no encontrou houve conversas sobre uma provável transferência do avante.
“O Ramón Ábila conversou com a diretoria, mas não consideramos isso como algo absurdo, muito pelo contrário. Ele manifestou a insatisfação por não estar jogando, o que é bom. Pior se fosse diferente disso. Mas a condição de jogar compete ao treinador. Ela não é uma competência do presidente, de dirigente ou de quem quer que seja. A competência de escalar os atletas é do treinador”, ponderou Mano.
O Boca Jrs-ARG tem interesse em contratar Ábila e usa o fato de o Cruzeiro não ter quitado os pagamentos da contratação do argentino junto ao Huracán-ARG para, quem sabe, atingir seu objetivo.
“Agora, entre o Ábila manifestar o desejo de sair e, verdadeiramente, ele vir a sair, tem que ser algo que seja interessante não só para ele, como para o Cruzeiro, que até então não tem nenhuma situação concreta, nenhuma situação de saída”, disse.
Desde que foi contratado, Ábila atuou em 62 jogos pelo Cruzeiro e marcou 26 gols. Contando apenas os números deste ano, o argentino fez 32 jogos.