Mapa tenta acalmar a sociedade quanto à fraude das cooperativas de leite

Jornal O Norte
29/10/2007 às 10:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:21

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Depois do escândalo envolvendo cooperativas que processam leite em Uberaba o Mapa- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, está colocando os fiscais agropecuários de olhos bem abertos quanto a qualquer indício de irregularidade na mistura do leite em todos os estabelecimentos que processam o produto no Brasil.

Apesar disso, os produtores estão há anos reclamando do preço pago ao leite. Afirmam que investem muito em alimentação, vacinação dos animais e não há diminuição no custo produção. 

Mas voltando a falar sobre a adição de soda cáustica ao leite Longa Vida em Uberaba, o Mapa informou que as cooperativas que cometeram o crime foram a Coopervale- Cooperativa dos Produtores de Leite do Valor do Rio Grande, e pela Casmil- Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro, que fica no município mineiro de Passos.

A Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério informa que as indústrias que recebem o leite produzido pelas duas cooperativas autuadas são fiscalizadas, e seus produtos passam por análises laboratoriais para verificação da qualidade da matéria-prima que utilizam, como também do produto final distribuído aos consumidores.

O governo de Minas tem programas para melhorar tanto a cadeia produtiva do gado de leite como do gado de corte o pró-Genética é um deles. A melhora na condição genética dos animais é fundamental para se ter animais mais saudáveis com chances de alcançar o mercado interno e externo sem problemas.

Há uma diferença nos preços pagos ao produtor em cada região. O maior valor é pago pelo litro do leite nas regiões Sul e Sudeste (R$ 0,38) e o menor, na região Norte e no estado de Mato Grosso (R$ 0,33). A importação até o mês de julho atingiu mais de 43 milhões de toneladas de leite e derivados, o que somou mais de US$ 80 milhões. Já as exportações chegaram no período a US$ 73,8 milhões, para mais de 52 milhões de toneladas.

Em Montes Claros a Coopagro-Cooperativa agropecuária de Montes Claros, apesar das dificuldades financeiras, registrando anualmente um débito de R$ 3 milhões, continua produzindo produtos com os derivados do leite. Inclusive lançou nos últimos meses bebidas lácteas de novos sabores como a de pêssego. A marca já conhecida da Coopagro, Alvorada conquistou milhares de paladares. Boa parte dos produtores ainda preferem entregar seu leite a Cooperativa por falta de boa oferta de preços na região.

Segundo o presidente do Sindicato Rural, Júlio Pereira o preço pago ao produtor pelo litro de leite varia de acordo com a empresa de laticínio. A média de acordo com Júlio é de R$ 50, sendo que a Cooperativa agropecuária de Montes Claros paga um pouco mais, cerca de R$ 52 a R$ 53.

Os produtores da região esperam que os preços melhorem. O preço do queijo já teve um aumento significativo segundo os mesmos. (com agência)

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