Marcio pede "esforço" na reta final e Patrus nega "ataques" para superar adversário

Ana Flávia Gussen e Humberto Santos
20/09/2012 às 21:28.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:27
 ( Toninho Almada/Ricardo Bastos)

( Toninho Almada/Ricardo Bastos)

Diferentemente da orientação do ex-presidente Lula para campanha de São Paulo, o programa eleitoral do petista Patrus Ananias não adotará um tom mais agressivo na reta final de campanha. À frente nas pesquisas, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) pede aos cabos eleitorais esforço concentrado para vencer a eleição no primeiro turno.

“Preciso muito de vocês. Vamos trabalhar. A campanha não está ganha. A eleição só se ganha em sete de outubro”, disse o prefeito, nesta quinta-feira (20), para os portadores de necessidades especiais. Na última semana, o prefeito tem reforçado o pedido em todo encontro com apoiadores.

Sem mudança

Do lado petista, a assessoria da campanha informou que o roteiro inicial formulado pela equipe do marqueteiro João Santana será mantido. São dois os motivos para tal decisão. Um deles é o crescimento de Patrus nas pesquisas. A campanha vê com bons olhos o fato de o ex-ministro não ter estagnado nos levantamentos.

Outro motivo é a reação considerada positiva da população à série de programas eleitorais veiculados na segunda semana, que contestaram os números apresentados pela campanha adversária. Popularmente conhecida como “matemágica”, a coordenação declarou que a estratégia fez efeito e deu um resultado positivo.

“Os resultados dessas pesquisas já eram de se esperar. Por isso, não mudaremos nosso roteiro original. A definição se dá nos últimos 15 dias”, disse um assessor.

Debate

Se nos programas não estão previstas alterações, os discursos de Patrus estão mais críticos. Nesta quinta-feira (20), durante sabatina com universitários, Patrus criticou a ausência de Marcio nos debates. “Se ele não está comparecendo é porque certamente o diálogo e as propostas dele não estão atendendo à juventude”, disse Patrus.

Tempo integral

Marcio ressaltou ter mais “experiência”, hoje, do que em 2009, quando assumiu a administração. O prefeito destacou sua dedicação ao cargo. “Sou empresário aposentado, com a família constituída, independente, vendi meus negócios, estou hoje à disposição de ser prefeito 24 horas por dia”, disse aos portadores de necessidades especiais.

O prefeito vai avaliar a criação de uma secretaria específica para cuidar das políticas públicas para os portadores de necessidades especiais, mas não deixou muita brecha para isso acontecer.

“Quando se cria uma secretaria você tem que colocar uma série de estruturas indiretas que acabam aumentando muito o custo da prefeitura. Temos que analisar o orçamento e ver o que pode ser feito. Certamente, tem muita coisa comprometida, tem muita obra”, discursou Marcio.

O prefeito voltou a reclamar dos petistas que cuidam da área social da prefeitura. “Às vezes, as pessoas se acham donos de determinadas ações, porque foram elas que começaram e, às vezes, também tem a questão político-partidária que vai manejar a situação em benefício do partido A ou do partido B, e não ouve adequadamente os demais interessados da sociedade”, reclamou Marcio.

Socialista critica veto à emenda

Após o senador Aécio Neves (PSDB) criticar o veto da presidente Dilma Rousseff ao aumento do royalty do minério e a presidente ser defendida por Patrus Ananias, Marcio resolveu se posicionar sobre o assunto. “É preciso que o royalty seja justo. Não acompanhei o assunto para ter uma opinião técnica, mas se a Associação Mineira dos Municípios está dizendo que o veto foi incorreto, eu apoio a decisão da associação”, disse.

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