(Reprodução/Embraer)
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse que o acordo de fusão entre as empresas Embraer, nacional, e Boeing, dos Estados Unidos, “preserva tudo o que nos interessa em termos de país”. Após a cerimônia de troca do Comando do Exército, nesta sexta-feira (11) em Brasília, Pontes explicou que as condições têm sido estudadas pela equipe da Força Aérea Brasileira.
“Acredito que vai ser uma ótima oportunidade para o país, preservando tudo que precisamos preservar, os funcionários, a nossa tecnologia, as empresas daqui e melhorando as possibilidades e oportunidades para a Embraer”, disse.
Na quinta-feira (10), o acordo foi apresentado ao presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que o governo federal não vai se opor à fusão, pois não fere a soberania nacional e os interesses do país. O governo brasileiro detém a chamada “ação de ouro” (ou “golden share”, como é conhecida), que dá poder de veto a esse tipo de negociação.
O acordo em andamento entre as duas companhias prevê a criação de uma nova companhia, uma joint venture, no termo do mercado, na qual a Boeing teria 80% e a Embraer, 20%. Caberia à Boeing a atividade comercial, não absorvendo as atividades relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que continuariam somente com a Embraer.
Viagem a Israel
Pontes afirmou ainda que sua viagem a Israel deve ocorrer até o final deste mês. De acordo com o ministro, além de dessalinização, a equipe brasileira vai tratar de outras pautas na área de espaço e inovações. “Vai ser uma viagem bem aproveitada”, disse.
Durante a visita ao país, dia 29 de janeiro, Pontes participará da homenagem ao astronauta Ilan Ramon. Os dois foram colegas de turma no período em que Pontes passou na Nasa. Ramon foi o primeiro astronauta israelense e morreu no acidente da nave Columbia, que se desintegrou na atmosfera, em fevereiro de 2003.