(Claudia Elias/Divulgação)
A combinação entre Brasil e Argentina pode dar um bom caldo. Prova disso é o show que Cecília Stanzione e Mário Sève realizam no domingo (5), no Museu de Arte da Pampulha (MAP), dentro do projeto "Domingo no Museu".
A apresentação se baseia no álbum "Can-ción Necesaria", o primeiro a ser gravado pela cantora argentina em parceria com o flautista e saxofonista brasileiro. Todas as 11 faixas contam com letras dela e música dele.
A parceria nasceu graças à internet. Em 2008, Cecília conheceu o disco "Casa de Todo Mundo", de Sève, pela rede e entrou em contato com o músico via Skype. "Começamos a nos comunicar. Ele me enviava músicas e eu colocava as letras. Fizemos várias composições assim, sem nos conhecer pessoalmente", explica Cecília.
A troca via web durou cinco meses: os dois só se conheceram pessoalmente quando o compositor participou de uma gravação na capital argentina. "Depois, decidi vir ao Brasil para fazer uma turnê com ele, apresentando essas canções", diz a cantora, que há três anos trocou a cidade de Buenos Aires pelo Rio de Janeiro.
Os dois viajaram por todo o país com esse repertório (se apresentaram, inclusive, no mesmo Museu da Pampulha) e, depois disso, decidiram levar a experiência aos estúdios de gravação.
Todo o processo foi muito tranquilo, já que a dupla contou, ainda, com os mesmos músicos com os quais vinha viajando: Gabriel Gezti (piano) e Rene Rossano (violão). "A gravação foi no Estúdio Araras (em Petrópolis, região serrano do Rio de Janeiro) e aconteceu num clima bem familiar", diz Cecília, que já está compondo novas canções com Sève. "Canción Necesaria" conta com a participação de Ney Matogrosso em "Justo Ahora" e apresenta as primeiras experiências de Cecília com a língua portuguesa. Nas faixas "Madrugada sin Ella" e "Roda Gigante", há estrofes em português, cantadas com pouquíssimo sotaque.
Cecilia Stanzione e Mário Séve no Museu de Arte da Pampulha (Av. Otacílo Negrão de Lima, 16585). Domingo, às 11 horas. Entradas a R$ 10.