Más notícias para a presidente Dilma Rousseff durante visita a Minas

Hoje em Dia
17/04/2013 às 06:26.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:53

Más notícias acompanharam a presidente Dilma Rousseff durante os dois dias de visita a Minas, sua terra natal. A primeira veio dos Estados Unidos, na segunda-feira: duas bombas explodem em Boston, próximo do ponto de chegada da mais tradicional maratona realizada no país. Três pessoas morrem e 176 ficam feridas, 17 delas gravemente.

A tragédia terá repercussão no Brasil, pois aumentará ainda mais o gasto do governo com a organização da Copa do Mundo no ano que vem e das Olimpíadas em 2016. É previsível a pressão por mais investimentos na segurança dos atletas e do público nos dois eventos esportivos internacionais.

A presidente Dilma Rousseff tem grande interesse, sobretudo, que a Copa do Mundo se realize em clima de tranquilidade. Ela termina no dia 13 de julho, menos de três meses das eleições. Uma tragédia como a de Boston poderia repercutir nas urnas. Ninguém vai esquecer que foi o presidente Lula o responsável pela vinda do evento para o Brasil e que sua candidata, Dilma Rousseff, é a responsável maior para que o país se prepare para não dar vexame internacional.

E então a segunda má notícia. A mais importante, depois da tragédia de Boston, para o maior jornal brasileiro, nesta terça-feira, foi esta: O presidente da CBF, José Maria Marin, assinou um negócio superfaturado na compra da futura sede da entidade no Rio. Um negócio de R$ 70 milhões, e o superfaturamento chegaria a R$ 31 milhões.

O problema, para Dilma, é que Marin é também presidente do comitê organizador da Copa de 2014, e essa denúncia de corrupção não é um caso isolado. Na eventualidade de uma tragédia, tais casos podem tomar uma dimensão bombástica durante a campanha eleitoral.

A terceira má notícia é a manchete do Hoje em Dia, no segundo dia da visita presidencial a Minas: “Imóvel popular em Minas é ‘maquiado’ para receber Dilma.” Os responsáveis pela construção do conjunto habitacional do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, capricharam no acabamento do apartamento 103 do bloco 8 do Residencial Alterosa. É o único dos 1.640 apartamentos com piso de cerâmica. Exatamente o apartamento que seria mostrado a Dilma, durante a visita.

Recentemente, a presidente determinou que a Caixa exigisse pisos de cerâmica nas moradias financiadas, em vez de cimento. A maquiagem do apartamento visitado foi desnecessariamente constrangedora, pois o contrato do Residencial Alterosa foi assinado antes da nova norma.

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