Matriz apresenta homenagem a James Brown hoje

No primeiro baile que A Coisa discotecou profissionalmente, em 6 de outubro de 1977, no Centro Esportivo Alvorada, a soul music já se fazia presente em sua pick-up, ao lado de baladas roqueiras e do funk. Quarenta anos depois, ele virou sinônimo do gênero em Minas Gerais e no país.
Por mais que seus caminhos o tenham levado à música eletrônica e ao hip hop, a influência soul nunca o abandonou, como prova o “SoulBrown”, realizado há 16 anos na Matriz Casa Cultural. Criado para homenagear James Brown, ícone do movimento, o evento ganhará uma nova edição na noite de hoje.

“Começamos com um tributo quando ele ainda estava vivo (Brown faleceu em 2006), numa época em que teve a renovação da black music, com Ed Motta e o retorno de Sandra Sá, que estava no brega, para o movimento”, recorda A Coisa, que também contribuiu para este cenário com a criação da banda Berimbrown.

Acompanhado de Toninho Black, discotecário e criador do Baile da Saudade, e de Branca de Neve, dançarino e DJ, o artista não restringe a homenagem à reprodução das músicas do Rei do Soul. No mesmo espaço, o frequentador poderá conferir uma exposição com cerca de 800 capas de vinis, pertencentes ao acervo do DJ.

“São capas dos discos de Brown, dos que foram produzidos por ele, dos que foram influenciados por ele e dos que tocaram ao lado dele, em trabalhos solos”, salienta o DJ, para quem a importância da mostra está em perceber o trabalho gráfico feito nas capas e encartes de LPs e compactos (discos menos extensos).

“Depois que o CD tomou conta, as pessoas perceberam que o material (gráfico) dele não tinha o mesmo peso do vinil, priorizando mais a foto do que a criatividade”, registra A Coisa, que deixou o Berimbrown para se dedicar ao projeto “Face3DJ’s”, grupo que produz novas músicas usando toca-discos de vinil.

SoulBrown – Hoje, às 22h. Na Matriz Casa Cultural (Rua Guajajaras, 1353). Ingresso: R$ 10 (até 23h) e R$ 15 (depois de 23h).