MDB adia convenção em Minas e Newton Cardoso diz que partido não deve ter 'medo' de ser protagonista

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br
04/08/2018 às 12:14.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:46
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

Ainda dividido sobre quem apoiar nas eleições para o governo de Minas, se Marcio Lacerda (PSB) ou Fernando Pimentel (PT), o MDB resolveu adiar a decisão sobre a chapa do partido no Estado. A reunião da legenda, na manhã deste sábado (4) foi encerrada minutos após o início e ficou marcada para este domingo (5), às 10h, na sede regional da legenda.

Durante o encontro, ficou nítida a preocupação do MDB em fortalecer o seu quadro no legislativo. Os deputados Saraiva Felipe, presidente estadual do partido, e Fábio Ramalho, que nos últimos dias tiveram discussões acaloradas sobre o rumo da legenda no Estado, deixaram as desavenças de lado e propagaram paz e unidade em prol de um fortalecimento da bancada mineira do MDB no Congresso.

Na verdade, o partido está de olho na convenção do PSB, para saber se o ex-prefeito de Belo Horizonte será ou não candidato. "Eu defendo que esperemos um pouco para ver como ficarão as definições dos outros partidos e, aí sim, nos posicionemos sobre os rumos do MDB no Estado", afirmou Saraiva Felipe.

Além de alianças com PT ou PSB, há a possibilidade de que o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, seja o candidato ao Palácio da Liberdade pelo partido. Neste sábado, ele não conversou com a imprensa.

Vice-presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Fábio Ramalho, pediu que o MDB se preocupasse em fortalecer a bancada na Assembleia de Minas e no Congresso. "Temos que fazer um trabalho forte para fazer do MDB a maior bancada do Congresso, para que o partido tenha a influência histórica que sempre teve", declarou.

Candidato próprio

Ex-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso (MDB), foi incisivo ao defender que seu partido lance cadidaturas próprias e fortes nas eleições de 2018. Para o político, o MDB não pode ser "medroso" e caminhar com "quem tem coragem", sem se coligar com antigos aliados, como PSDB e PT.

Sem citar quem seriam os indicados, Cardoso defendeu que o PMDB reassuma o protagonismo no Estado. “De um lado está o Aécio e do outro a Dilma, que nós derrubamos, e o Lula preso. O PMDB não pode se aliar a nenhum dos dois”, afirmou o cacique, em uma fala rápida quando chegou à reunião. 

O ex-governador cobrou coerência do diretório regional, que está dividido entre a candidatura própria de Adalclever Lopes ou o apoio a Fernando Pimentel (PT).

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