(TV UFMG/Divulgação)
Exames laboratoriais confirmaram que o médico e professor da UFMG Rodrigo Bastos Fóscolo está com febre amarela. O docente está internado desde o início da semana passada no Hospital Felício Rocho e, na madrugada de segunda-feira (26), foi submetido a um transplante de fígado. A informação foi divulgada nesta terça-feira (27) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Conforme a pasta, familiaresainda não apresentaram o histórico de vacinação de Fóscolo para atestar que ele foi imunizado contra a doença. "Assim, portanto, o paciente não é considerado vacinado contra a doença", salientou o órgão. O estado de saúde do médico é mantido sob sigilo pelos familiares. O Departamento de Clínica Médica da Escola de Medicina da UFMG, porém, avaliou o estado dele como estável.
Em comunicado enviado à imprensa, a SES pontuou que o médico provavelmente não contraiu febre amarela da capital mineira. O Estado investiga se a infecção aconteceu no município de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Transplante
O órgão transplantado em Fóscolo veio de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O avião King Air da Polícia Militar foi o responsável por fazer o translado. A internação de Fóscolo gerou grande comoção entre a comunidade médica, que chegou a fazer uma campanha por grupos de WhatsApp para que colegas avisassem ao MG Transplantes imediatamente assim que houvesse um possível doador de fígado em um hospital. A família do médico também movimentou uma grande campanha pelas redes sociais com pedido de doação de sangue em nome do paciente.
Histórico
Rodrigo Bastos Fóscolo é endocrinologista formado na UFMG em 1994. Ele também se especializou em fisiologia e farmacologia. Desde 2006, o médico é docente da UFMG, integrando o Departamento de Clínica Médica e o setor de endocrinologia do Hospital das Clínicas.
Balanço
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Minas Gerais confirmou pela primeira vez que investiga 11 casos de vacinados contra a febre amarela que contraíram a doença. O último boletim, divulgado nesta terça-feira (27), revela que o Estado tem 264 casos da doença, sendo que, deste total, 96 evoluíram para a morte. A letalidade da doença é de aproximadamente 63,4%. Até o momento, não há registro de vacinados que morreram em Minas.
O balanço mostra, ainda, que 589 casos suspeitos continuam sendo investigados e 28 óbitos também aguardam resultados de exames para atestar a enfermidade como causa da morte.
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