Além dos ataques contra as ex-companheiras, presos têm passagens por homicídios, estupros, lesão corporal, ameaça, tráfico, roubo, furto, dentre outros crimes
(Marcelo Albert / TJMG)
Megaoperação para caçar suspeitos de feminicídio e violência doméstica terminou com a prisão de 116 homens em Minas. Todos foram capturados ao longo do mês durante a força-tarefa da campanha Agosto Lilas, de prevenção e combate aos ataques contra mulheres. Os detidos também têm passagens por vários outros crimes. Somadas, as penas chegam a 607 anos de cadeia.
Quatro prisões foram realizadas em outros estados: duas em São Paulo, uma em Mato Grosso e uma em Goiás. Os números foram apresentados nesta quinta-feira (29) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), composta pelas polícias Civil, Federal e Militar.
“A mensagem que estamos passando é que, independente da tipificação do crime cometido, a Polícia Militar vai prender, onde quer que seja, e entregar à Justiça todos aqueles que cometerem violação à Lei Maria da Penha”, disse a porta-voz da PM, major Layla Brunnela.
Conforme a PM, além dos mandados de prisão por crimes contra mulheres, muitos respondem por homicídios, estupros, lesão corporal, ameaça, tráfico de drogas, roubo, furto, receptação, estelionato e porte ilegal de armas. Eles são investigados em 829 inquéritos. Juntos, somam 2,5 mil passagens pela polícia.
Danúbia Quadros, delegada da Polícia Civil (à esquerda), Layla Brunella, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais (no meio) e Fabrício Fernando Diogo Braga, delegado regional de Polícia Judiciária da Polícia Federal (PF) (à direita) (Fernando Michel/ Hoje em Dia)
A delegada Danúbia Quadros, chefe da Divisão Especializada em atendimento à Mulher, ressaltou a importância da integração entre as forças de segurança na operação. "A gente está cada vez mais integrado, trabalhando de forma conjunta para prender esses agressores de violência doméstica. Independentemente da forma de violência. Seja uma violência psicológica, seja uma violência moral, seja violência física, tentativa de feminicídio ou o próprio feminicídio”.
O delegado regional da Polícia Federal, Fabrício Fernando Diogo Braga, afirmou que a operação é importante para dar tranquilidade às vítimas e aos familiares. "O importante dessa ação é, na verdade, trazer paz, trazer tranquilidade para pessoas que tiveram seus entes feridos, na medida do possível".
*Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca
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