(Arquivo Pessoal)
Luiz Gustavo tem apenas 8 anos e só começou a ouvir aos 3, depois de fazer uma cirurgia em um dos ouvidos e ganhar um aperelho do SUS. Porém, no mês passado, o garoto que mora em Bueno Brandão, no Sul de Minas, ficou sem se comunicar com a família e os amigos porque o aparelho auditivo parou de funcionar.
Segundo o pai, Juliano Martins, o governo forneceu o aparelho mas não paga a manutenção. A família não tinha como bancar o conserto, que ficava em R$ 7.180,00. A empresa até ofereceu para parcelar no cartão, mas ele não tinha limite.
O auxiliar de escritório se desesperou com a tristeza do filho. Foi então que os vizinhos tiveram a ideia de fazer uma rifa para ajudar. O avó do menino, seu Sebastião, deu um boi para a rifa e toda a cidade colaborou.
No dia 19 deste mês, Luiz Gustavo voltou a fazer tudo o que gosta e o momento da entrega do aparelho auditivo foi registrado num vídeo feito pelo pai e compartilhado em sua página no Facebook. Uma forma de mostrar para todo mundo o resultado da rifa.
No momento da entrega, estavam presentes, além do pai, a irmã de Luiz Gustavo, a mãe e um amigo da família. No primeiro momento o aparelho não funcionou por causa da bateria, mas o pai solucionou o problema rapidinho para a felicidade do garoto. A reação dele é emocionante.
Veja vídeo:
Luta da família
Luiz Gustavo nasceu com o problema de audição, mas os pais só começaram a perceber quando ele tinha um ano. Isso, porque, a irmã Júlia, que tem pouca diferença de idade, reagia aos estímulos e Luiz Gustavo não. Foi quando o casal suspeitou que havia algo errado.
Começou então uma peregrinação por vários médicos que não conseguiam diagnosticar a surdez. Mas a família não desistiu e procurou um médico em São Paulo. Um especialista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) detectou que o menino não ouvia praticamente nada e precisava fazer a cirurgia e usar um aparelho.
Até hoje, o Luiz faz o acompanhamento com fonoaudiólogas, duas vezes por semana. Uma das profissionais também é da UNICAMP e a mãe Athais viaja toda semana com ele.
O garoto pratica esportes, estuda e brinca como qualquer criança da idade dele. Mesmo agradecido, o pai sonha com uma cirurgia bilateral, para que ele escute com os dois ouvidos.