Menino Joaquim foi morto antes de ser jogado no rio, diz delegado

Isabela Palhares - Folhapress
10/11/2013 às 18:03.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:03
 (Arquivo Pessoal/Reprodução)

(Arquivo Pessoal/Reprodução)

BARRETOS - O menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, que estava desaparecido desde a última terça-feira, foi morto antes de ser jogado no rio. A afirmação é do diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-3), João Osinski Junior.

De acordo com o delegado, a conclusão é baseada em exames preliminares feitos pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Barretos, que não apontaram água nos pulmões do garoto. "A principal hipótese da polícia era de que ele teria sido morto e jogado no rio. Essa hipótese se concretizou. Agora a gente precisa descobrir o que levou à morte dele", afirmou Osinski Junior. Entre as hipóteses levantadas pelo delegado estão agressão e envenenamento.

Outros exames serão feitos pelo IML, que devem ficar prontos em 30 dias. O corpo do garoto foi encontrado no início da tarde deste domingo (10) no rio Pardo, em Barretos, a 150 quilômetros de Ribeirão Preto, de acordo com o delegado.

Uma das hipóteses levantadas pela Polícia Civil é que ele tenha sido atirado no córrego Tanquinho, que fica a 200 metros da casa da família de Joaquim e, de lá, tenha sido levado até o ribeirão Preto, que é afluente do Pardo.

O reconhecimento do corpo no IML foi feito pela mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, o pai, Arthur Paes, e o avô materno da criança. O menino estava com o pijama que usava para dormir no dia que sumiu.

Após a confirmação da morte de Joaquim, a casa da família, no Jardim Independência, foi cercada por um grupo de pessoas irritadas com o padrasto, Guilherme Raymo Longo. Elas o insultavam com gritos e o culpavam pela morte do menino. Ele nega envolvimento no caso. Familiares do garoto passaram no local para buscar roupas de Joaquim. Policiais cercam o local.

O sumiço

Joaquim estava desaparecido desde a última terça-feira (5). A mãe disse à polícia ter notado o sumiço às 7 horas. Desde então, policiais e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas em toda a cidade, sem sucesso. O pai de Joaquim também fez panfletagem com amigos e voluntários todos os dias.

Desde o início das buscas, a Polícia Civil vinha apostando suas fichas que o menino estaria no rio. A suspeita aumentou após um cão farejador da polícia apontar que o menino teria ido de sua casa até o córrego na companhia do padrasto, Guilherme Longo. Ele, por sua vez, se defendeu dizendo que sempre ia ao córrego com o garoto e que, por isso, a descoberta não queria dizer nada.

O Corpo de Bombeiros chegou a percorrer 20 quilômetros no córrego, no ribeirão e no próprio rio, em busca do garoto. Nos últimos dois dias, a Polícia Civil e o Ministério Público buscavam indícios para formular um novo pedido de prisão temporária do casal, que pode ser apresentado na segunda-feira (11).

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por