Mercedez-Benz renova linha de SUV's
PORTO FELIZ (SP) – Se a Land Rover foi a grande pioneira entre os utilitários-esportivos (SUV) de luxo, com o Range Rover, coube à Mercedes-Benz apresentar novas interpretações para o segmento de jipões premium, com o ML em 1997, que abriu caminho para marcas como BMW, Porsche, Audi, Volkswagen, Volvo e até mesmo a Jaguar aderirem ao segmento.
E numa tacada só, o fabricante alemão acaba de lançar no mercado brasileiro os modelos GLE Coupé e GLC. O primeiro chega com a nova nomenclatura dos SUVs médios, abandonando o pioneiro ML, mas na bizarra versão cupê, para competir com BMW X6. Já o segundo tem a função de substituir o antigo GLK e bater de frente com Porsche Macan, BMW X5 e Audi Q5.
GLE Coupé segue a onda do trambolho BMW X6
Com o caimento contínuo da carroceria desde o teto até o final da tampa traseira, trata-se de um coupé grande, “musculoso” e que chama a atenção por onde passa. Apesar de a marca dizer que é um SUV, pelas características tanto de automóvel de passeio quanto de utilitário, definitivamente é um crossover.
Aliás, dizer que chama atenção é pouco! Tão grande, alto e com a traseira “anabolizada”, seu desenho diverge das tradicionais tendências do design automotivo, atraindo olhares, mas também desagradando parte dos consumidores. Exatamente como acontece com o BMW X6, do qual muitos acham que o GLE foi copiado, visando abocanhar uma “fatia” do mercado de apreciadores do estilo.
Tudo é superlativo, do estilo ao comportamento. Nada menos que 333 cv no motor 3.0 biturbo com exagerados 50 mkgf de torque, capazes de levar o monstrinho de 2.180 quilos aos 100 km/h em apenas 5,9 segundos, com máxima de 247 km/h. Na transmissão automática, são nove marchas com borboletas no volante.
Mas, em um veículo dessa categoria, estranha-se a ausência de controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo e de frenagem autônoma. Quanto ao preço, são R$ 415.900, e mais R$ 10 mil, pela pintura metálica.
GLC 250 4MATIC chega para substituir o quadradão GLK
Esse modelo é mais voltado para o consumidor comportado e que se preocupa com a relação custo/ benefício. Sucessor do “quadradão” e pouco simpático GLK, traz linhas mais suaves e simpáticas, e ganhou espaço interno. São 5 centímetros a mais na largura e o porta-malas é 80 litros maior.
Embora praticamente tão requintado e confortável quanto o GLE 400, o GLC 250 é menor e tem algumas coisinhas a menos. O motor passa a ser um 2.0 turbo de 211 cv e 36 kgfm de torque.
Não que ande mal, só não é tão exagerado. Acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e tem velocidade máxima de 222 km/h. Muito bom para um veículo com 4,7 m de comprimento e 1.735 kg. Outras diferenças são a suspensão sem variação de altura e o ar condicionado com apenas duas zonas. Da mesma forma, não há controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo ou frenagem autônoma, atualmente presentes até em veículos de categorias inferiores.
No preço é que está a grande vantagem do modelo: custa quase a metade do musculoso e pujante irmão GLE. A versão padrão custa R$ 222.900,00, enquanto a “Sport”, com acabamento da linha AMG e alguns equipamentos exclusivos, R$ 42 mil a mais.