Rússia

Mercenários do grupo Wagner retornam a base após acordo com Moscou

Da Redação
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Publicado em 25/06/2023 às 11:43.
 (Reprodução/TV)

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Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo russo de mercenários Wagner, que lançou na madrugada de sábado (24) uma insurreição armada contra o comando militar do país, ordenou no início da noite aos seus homens que avançavam em comboio para Moscou que dessem meia-volta e retornassem às suas bases.

Conforme agências internacionais, Prigozhin havia dito inicialmente que seu objetivo era destituir a cúpula do exército russo e "restaurar a justiça". O presidente russo, Vladimir Putin, reagiu dizendo que iria reprimir o motim com força.

Em uma mensagem de áudio divulgada no início da noite por seu serviço de imprensa, Prigozhin disse: "Eles queriam dissolver a companhia militar Wagner. Nós saímos em uma marcha pela justiça em 23 de junho. Em 24 horas, chegamos a 200 km de Moscou. Nesse período, não derramamos uma única gota de sangue de nossos combatentes."

"Agora chegou o momento em que sangue poderia ser derramado. Entendendo a responsabilidade [pelo risco] de que o sangue russo russo seja derramado de um lado, estamos fazendo meia-volta com nossas colunas e retornando às nossas bases, conforme planejado." Ele não mencionou se o Kremlin havia respondido à sua demanda pela troca de comando do Ministério da Defesa russo.

O gabinete do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, informou que ele conversou com Prigozhin, com o aval de Putin, e que o chefe do Grupo Wagner havia concordado em reverter a escalada do conflito. A mensagem do gabinete de Lukashenko mencionou que um acordo garantiria a segurança dos mercenários. 

Mais tarde, o porta-voz do Kremlin, Dmitri S. Peskov, afirmou que a investigação criminal que havia sido aberta contra Prigozhin devido ao motim seria encerrada. Ele disse ainda que Prigozhin irá para Belarus, e que os homens que se rebelaram ao seu lado não serão processados, levando em conta seus serviços prestados na guerra na Ucrânia. 

"Evitar o derramamento de sangue, o conflito interno e os confrontos com resultados imprevisíveis era o objetivo maior", disse Peskov. "Chegou-se a um acordo no qual o Wagner retornaria às suas bases", afirmou o porta-voz, acrescentando que os combatentes que não participaram da rebelião teriam permissão para se juntar formalmente ao exército russo.

Ex-aliado próximo de Putin, Prigozhin colocou seu exército particular para lutar na Ucrânia, mas nos últimos meses vinha travando uma disputa com a liderança militar de Moscou, culpando repetidamente o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, pelas mortes em massa de combatentes russos.

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