Merkel e Monti elogiam os avanços das reformas na Itália

AFP
29/08/2012 às 21:40.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:51
 ( Odd Andersen/AFP)

( Odd Andersen/AFP)

BERLIM - A chanceler alemã Angela Merkel e o chefe do governo italiano Mario Monti elogiaram nesta quarta-feira (29) os avanços da Itália na aplicação de suas reformas econômicas, depois de uma reunião em Berlim. "A ampla consolidação e a agenda reformista do governo italiano são impressionantes (...) e pessoalmente estou convencida de que este reforço reformista dará frutos", afirmou Merkel. "Creio que precisamos seguir juntos neste caminho", acrescentou.

Monti, por sua vez, afirmou que os mercados financeiros estão começando a reconhecer as medidas aplicadas na Itália para reduzir o déficit, exigindo juros menores nas emissões de dívida. "Os mercados estão reconhecendo os êxitos essas medidas", afirmou Monti junto a Merkel.

Horas antes, o Tesouro italiano captou nove bilhões de euros a seis meses com taxas em forte alta.  Indagados sobre a possibilidade de a Itália recorrer a um resgate, Merkel contestou que não há nada de concreto sobre a mesa. "Falamos do fato de que o Banco Central Europeu está preparando decisões. Conhecemos nossos fundos (de resgate), o FEEF e o MEDE, e nos sentimos bem equipados politicamente", afirmou Merkel.

Os dois dirigentes se mostraram divergentes sobre a possibilidade de conceder uma licença bancária ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), o futuro fórum permanente de resgae da Zona Euro, que lhe permitiria pedir dinheiro emprestado ao BCE depois emprestá-lo aos países em apuros.

Merkel citou o presidente do instituto emissor, Mario Draghi, para dizer que essa licença não é compatível com os Tratados da UE. "Essa também é minha convicção", enfatizou.

Monti, em compensação, disse que a licença bancária, que daria ao MEDE meios financeiros muito maiores, é concebível dentro de um amplo pacote de medidas em longo prazo.

Monti descartou de novo que seu país, a terceira maior economia da Eurozona, vá pedir um resgate financeiro, como já fizeram Grécia, Portugal, Irlanda e Chipre. "Com os esforços que a Itália fez e os resultados obtidos, não quero que o país seja submetido a uma espécie de supervisão intrusiva, como os outros países que tiveram de pedir ajuda para equilibrar seus orçamentos",
afirmou Monti.

Indagada sobre se haviam abordado a possibilidade de a Itália pedir um resgate, Merkel afirmou que, sobre a mesa, não há nada de concreto.
"Falamos do fato de que o Banco Central Europeu está preparando decisões. Conhecemos nossos fundos (de resgate) e nos sentimos bem equipados politicamente", enfatizou.

Os dois dirigentes se mostraram, no entanto, divergentes quanto a possibilidade de conceder uma licença bancária ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), o futuro fundo permanente de resgate da Zona Euro, que permitiria pedir dinheiro emprestado ao BCE para depois emprestá-lo aos países em apuros.

Merkel citou o presidente do instituto emissor, Mario Draghi, para dizer que esta licença não é compatível com os Tratados da UE", e acrescentou que esta também é sua convicção.

Monti, em compensação, disse que a licença bancária, que daria ao MEDE meios financeiros muito maiores, é concebível dentro de um amplo pacote de medidas em longo prazo.

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por