Mesmo após PAC, analistas esperam baixa do PIB em 2007

Jornal O Norte
30/01/2007 às 09:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:56

O mercado financeiro não modificou sua projeção para o crescimento da economia para este ano e para 2006, como mostra pesquisa semanal do Banco Central. A mediana das expectativas aponta expansão de 3,5% para o Produto Interno Bruto – PIB - em 2007 pela 22ª semana consecutiva, mesmo depois do anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC -, lançado semana passada pelo governo com o intuito de fazer a economia brasileira crescer, ao menos, 4,5% em 2007.

Para o ano passado, a estimativa média de crescimento do PIB ficou inalterada em 2,73%. Os dados constam do relatório de mercado pesquisado semanalmente pelo Banco Central junto a instituições financeiras.

Uma semana após o Banco Central reduzir o ritmo de corte do juro no país, analistas e economistas revisaram para cima suas projeções para o patamar de fechamento da taxa Selic em 2007.

De acordo com pesquisa do BC, divulgada nesta segunda-feira, o mercado brasileiro acredita que a taxa básica de juro estará em 11,75% ao ano em dezembro, uma elevação de 0,25 ponto percentual ante os 11,5% estimados até semana passada, dias antes da primeira reunião do Comitê de Política Monetária -Copom- de 2007.

Na reunião, o Copom cortou a meta da taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 13% ao ano. A decisão foi apoiada por cinco membros do Comitê. Outros três diretores votaram por um corte de 0,5 ponto.

A diferença na estimativa para o fechamento da Selic reflete exatamente a redução no tamanho do corte de juro promovido pelo Copom no início deste ano.

O cenário para a inflação estimado por economistas e analistas também sofreu uma pequena alteração. Os cálculos agora indicam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA - deve subir 4,09% em 2007, um pouco acima dos 4,07% projetados no levantamento anterior.

Ainda assim, a projeção está abaixo do centro da meta de inflação fixada pelo governo para o ano, que é de 4,5%. Do lado da balança comercial, as projeções mantiveram-se em linha com as anteriores. A estimativa para o resultado de 2007 é um superávit comercial de US$ 39 bilhões, ante US$ 38,8 bilhões na pesquisa passada.

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