Messi pode chegar a marca histórica se fizer pelo menos 1 gol

Frederico Ribeiro* - Hoje em Dia
01/07/2014 às 07:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:12
 (Juan Mabromata)

(Juan Mabromata)

Argentino, baixinho, rápido e habilidoso. Lionel Messi, nesta terça-feira (1º), contra a Suíça, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, pode igualar a marca histórica de um jogador com as mesmas características dele, mas não se trata de Diego Maradona. Caso faça gol, o camisa 10 se juntará a Guillermo Stábile. O artilheiro do Mundial de 1930, no Uruguai, anotou gols em quatro jogos seguidos.

No Brasil, Messi balançou as redes nos três compromissos da fase de grupos. Além disso, caso consiga um “doblete” (dois gols no mesmo jogo), o craque chegará à expressiva marca de 400 na carreira profissional.

Stábile, que media 1,68m e tinha números de velocistas, foi o artilheiro da primeira Copa do Mundo. Apesar de não ter jogado na estreia da Argentina contra a França (vitória de 1 a 0 dos sul-americanos), por ser reserva de Roberto Cherro – segundo maior artilheiro da história do Boca Juniors –, o falecido atacante entrou contra o México e fez um hat-trick (três gols).

Manteve a titularidade contra o Chile e foi novamente o destaque, com dois gols. Na segunda fase, marcou mais duas vezes contra os Estados Unidos. Na decisão contra o Uruguai, o então jogador do Huracán deixou sua marca, mas os argentinos foram derrotados no segundo tempo e deixaram o título com os anfitriões.

12 dias iluminados

O “Infiltrador”, como Stábile era chamado, terminou a competição com a artilharia e o vice-campeonato. Jamais disputou outras partidas pela seleção após aquela Copa. Foram 12 dias iluminados, cujo feito pode ser igualado por Messi, passados 84 anos.

A estrela do Barcelona já empatou com Orestes Corbatta – outro atacante baixinho – ao anotar gols em todos os jogos da primeira fase, na Copa da Suécia, em 1958. A vantagem de Messi é que ainda tem chance de ir além no Mundial no Brasil, podendo melhorar o desempenho.

Após afastar as críticas que apontavam sua falta de gols em Copas, Messi já está entre os cinco maiores artilheiros do seu país na história do torneio. Fica atrás de Kempes, Maradona, do próprio Stábile e de Batistuta. Mas, pelo que já fez até aqui, a expectativa é a de que o melhor do mundo quatro vezes consiga não só igualar, mas superar marcas antigas dos compatriotas.

“Messi faz uma grande Copa, que era o que todos nós – seus companheiros e o público argentino – esperávamos, e estamos contentes por ele”, disse o treinador Alejandro Sabella.

Stábile foi estrela de um Mundial só

Revelado pelo Huracán, Guillermo Stábile foi bicampeão argentino, ainda na fase amadora. Foi para a Copa do Mundo de 1930 como reserva e sem nunca ter sido convocado antes. Teve a chance na vaga da estrela Roberto Cherro, que sofreu um ataque de nervos antes de enfrentar o México.

Stábile foi a sensação do Mundial, com oito gols em quatro jogos. Comprado pelo Genoa, maior time da Itália, na época, teve duas fraturas na fíbula. Se tornou técnico e comandou a seleção argentina por 20 anos entre as décadas de 40 e 60.

Técnico da Suíça revela intenção de jogar fechado

Conhecida pelo estilo de jogo defensivo, a Suíça quer voltar às suas origens. Após tomar uma goleada de 5 a 2 para a França, o time comandado pelo treinador alemão Ottmar Hitzfeld pretende se fechar lá atrás, armar o ferrolho e tentar surpreender a Argentina em contra-ataques. Isso tudo porque tentar jogar de igual para igual com a seleção sul-americana não é uma boa ideia.

“Temos que defender compactamente. Jogamos aberto contra a França e vimos no que deu”, afirmou o meia Admir Mehmedi.

A Suíça, no entanto, gostaria de usar a arquibancada do Itaquerão como arma diante da Argentina. Ciente da rivalidade entre o Brasil e a Seleção de Messi, Hitzfeld crê em apoio grande dos brasileiros.
“Acredito que os torcedores do Brasil apoiarão a Suíça, porque há uma rivalidade muito grande com a Argentina”, disse, em tom de convocação para os brasileiros.

Para o duelo de vida ou morte, a equipe europeia deve repetir a formação que venceu Honduras, na fase de grupos (3 a 0). Assim, o atacante Drmic fica no time titular. Ele venceu a disputa com Seferovic.

(*)Com agências

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