Os metroviários da capital paulista decidiram entrar em greve a partir da próxima terça-feira (28). O indicativo de greve foi aprovado na noite de quarta-feira (22). Em assembleia na próxima segunda-feira (27), às 18h30, a categoria decidirá se a paralisação ocorrerá. A categoria reivindica aumento real salarial de 14,6% e reposição de 7,3%. A Companhia do Metropolitano de São Paulo oferece reposição de 5,37%. “Já tivemos seis rodadas de negociação sem nenhum avanço”, disse o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e em Empresas Operadoras de Veículos Leves sobre Trilhos no Estado de São Paulo, Alex Fernandes. De acordo com Fernandes, o aumento da tarifa do metrô, de R$ 3 para R$ 3,20, a partir do dia 2 de junho, não tem relação com a campanha salarial. Na avaliação do diretor, o paulistano paga por um transporte “com preço abusivo e má qualidade dos serviços”. Em nota, a Companhia do Metropolitano informou “que está empenhando todos os esforços para chegar a um acordo com o Sindicato dos Metroviários que evite prejuízos aos 4,6 milhões de usuários do metrô e à população de São Paulo”. Segundo o comunicado, a empresa concedeu reajuste salarial de 6,17%, e no ano anterior, 8%. Mais de 4 milhões de pessoas usam o transporte por dia. Das seis linhas do metrô, apenas uma não deve parar: a Linha 4- Amarela, que liga a Estação da Luz, na região central, ao Butantã, na zona oeste, concedida ao setor privado.