Microempreendedor, longe da crise, é a salvação do Brasil

Jornal O Norte
21/10/2009 às 11:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:14

Janaína Gonçalves


Repórter

Estatísticas do MT - Ministério do trabalho revelam que as micro e pequena empresas criaram 450 mil empregos neste ano, enquanto médias e grandes eliminaram 150 mil. O saldo de vagas nas empresas menores, em 2009, equivale assim a uma vez e meia o saldo total de postos formais no país no primeiro semestre (300 mil). No Brasil, há 4,6 milhões de empresas, das quais 98% são micro e pequenas. Tradicionalmente, elas empregam 60% da mão de obra formal do país.

Conforme o presidente da CDL - Câmara dos dirigentes lojistas de Montes Claros, Valter Boaventura, vivemos num país onde são negados créditos àqueles que precisam. Moc tem um potencial rico, que preciso ser avaliado, e desenvolve uma política de revitalização e desenvolvimento por parte das microempresas.

Além dele, o gerente de negócios do Banco do Nordeste, Domingos Mendes da Silva, sediado em Moc, diz que trabalhar com o micro e pequeno empreendedor é garantir o futuro econômico da região, uma vez que o governo tem facilitado através de linhas de crédito.

- A integração com a sociedade, empresa e cliente é de suma importância para aumentar o capital de giro no município – diz Domingos.

Segundo dados estatísticos, o Banco do Nordeste contratou, em todo o estado, R$ 68.415,9 mil até agosto de 2009, um crescimento de 77,1% em relação ao mesmo período de 2008. Já a quantidade de operações no período sofreu variação de 60,2%, passando de 2.280 contratações em 2008 para 3.653 em 2009.

Em sua área de jurisdição em Montes Claros, a agência do BNB contratou em 2008 103 operações, gerando um volume de recursos de R$ 10,8 milhões. Em 2009, até o mês de setembro, a agência já contratou 110 operações, movimentando recursos da ordem de R$ 9,8 milhões. A expectativa é de que feche o ano com um volume de recursos superior a R$ 18 milhões.

No Brasil, há 4,6 milhões de empresas, das quais 98% são micro e pequenas. Tradicionalmente, elas empregam 60% da mão de obra formal do país.

Conforme levantamento da Caixa Econômica Federal, há oferta de R$ 20 bilhões para investimento no setor. Os recursos poderão ser utilizados em linhas de capital de giro e antecipação de receitas até o final de dezembro deste ano. Até agosto de 2009, foram investidos R$ 18,24 bilhões em crédito, o que representa um crescimento de 16,85% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa, portanto, é chegar aos R$ 38,24 bilhões até o fim de dezembro, 56% a mais que em 2008.

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