A Minas Arena, que administra o Mineirão e tem um contrato de parceria com o Cruzeiro, acionou o clube na Justiça Comum pelo não pagamento das despesas de manutenção e segurança nos jogos que disputa no estádio desde julho de 2013.
A ação está no Fórum Lafayette e será julgada pela 32ª Vara Civel. A empresa cobra do clube uma dívida de cerca de R$ 9 milhões.
Desde que o Atlético jogou a final da Copa Libertadores no estádio, em 24 de julho de 2013, sem pagar as despesas, o Cruzeiro parou de pagar a Minas Arena pela limpeza e segurança nos dias de seus jogos.
“Uma das cláusulas do contrato diz que, se qualquer clube jogar no estádio com condição melhor que a nossa, passaríamos a ter o mesmo direito. Em 2013, o Atlético jogou a final da Libertadores e não pagou nada. Entendemos que temos o mesmo direito e passamos a jogar sem pagar as taxas de manutenção e segurança”, afirma o diretor de comunicação do Cruzeiro, Guilherme Mendes.
Segundo ele, o processo não significa uma relação ruim entre clube e empresa, que inclusive já tinha avisado que recorreria à Justiça por entender que tem direito a receber o valor.
Guilherme Mendes afirma ainda que o risco de o Cruzeiro deixar o Mineirão é zero e que o contrato de 25 anos será respeitado. O dirigente garante ainda que agora a decisão cabe a quem de direito.
“Se a justiça mandar pagar, tem que pagar. As duas partes podem recorrer, com certeza, mas agora a decisão está com quem deve decidir a questão. Mostrar quem está certo ou errado”, afirma Mendes.
Em nota, a Minas Arena garante que fez várias tentativas de acordo com o Cruzeiro e que enviou 35 ofícios de cobrança ao clube nos últimos dois anos.
A concessionária afirma ainda que nunca existiu um contrato com o Atlético e que a final da Libertadores foi disputada numa data que o Governo de Minas tem direito por edital e que “a cláusula referente à aquisição de direitos e deveres pelo Cruzeiro, concedidos a outro clube, somente entraria em questão, caso existisse contrato de fidelidade com qualquer outra agremiação, o que não é o caso”.
* Atualizada às 20h51