Minas é o quarto estado em número de casos de câncer de pele, diz Ministério da Saúde

Da redação*
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04/12/2021 às 15:20.
Atualizado em 08/12/2021 às 01:13
 (Freepik/Divulgação)

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A campanha deste ano do Dezembro Laranja, promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), quer aliar os cuidados com a pandemia de Covid-19 à prevenção do câncer de pele, com o tema "Adicione Mais Fator de Proteção ao seu Verão".

Segundo o coordenador do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD e da Campanha do Dezembro Laranja 2021, Renato Bakos, o país está vivenciando ainda este período difícil de pandemia, com muitos cuidados para manter a saúde. Ele acrescenta que, "com a proximidade do verão, é natural que as pessoas queiram se expor um pouco mais a um lazer, ao meio ambiente, e podem estar sujeitas a riscos, como queimaduras solares e, por isso, devem se proteger também contra o câncer de pele".

A campanha recomenda que além do uso do álcool em gel, máscaras e respeito ao distanciamento social, a população deve adotar hábitos de uso do protetor solar para garantir que a saúde seja plena. A queda nos indicadores de morbidade e de mortalidade relacionados à Covid-19 abre a expectativa para que praias e espaços abertos voltem a ser ocupados durante o Verão.

Para Bakos, atualmente, existe uma conscientização cada vez maior por parte da população em relação ao risco da exposição contínua ao sol. "A gente percebe que as pessoas têm essa preocupação de procurar evitar grandes exposições ultravioleta, seja escolhendo o horário adequado para estar no sol, usando chapéus, camisetas, protetor solar, procurando sombras em horários de sol muito intenso. Todas essas são recomendações muito válidas".

O coordenador da campanha Dezembro lembra que o câncer de pele tem diferentes tipos e que, em caso de aparecimento de sinais e sintomas suspeitos, o médico dermatologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico precoce.

O tipo de câncer de pele que requer mais atenção é o melanoma, que se caracteriza por ser uma mancha escura que cresce de forma assimétrica, com bordas irregulares, cores variadas em tons de marrom e preto e que, muitas vezes, atinge diâmetro maior que seis milímetros. "Sinais como esses são de muito alerta para as pessoas procurarem atendimento (médico). Ou, por exemplo, quando têm feridas que não cicatrizam, lesões que ficam sangrando, verrugas crescentes. Tudo isso pode ser importante".

Fatores de risco
Segundo a SBD, a rotina do autoexame facilita o reconhecimento dos casos. Com diagnóstico precoce, a resolução dos casos pode ser atingida em sua maioria, assegura Renato Bakos. "Por isso, a importância de fazer as revisões e estar sempre atento à presença de alguma lesão que pode ser suspeita".

A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Embora esse problema de saúde possa afetar qualquer pessoa, há grupos mais propensos ao surgimento desse tipo de câncer. Estão incluídos aí pessoas de pele, cabelos e olhos claros, indivíduos com histórico familiar da doença, portadores de múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos ou transplantados.

De acordo com o Painel da Oncologia do Ministério da Saúde, o Brasil registrou em torno de 205.181 diagnósticos de câncer de pele entre  2013 e 2021.  Os estados que mais apresentaram casos desse tumor foram São Paulo, com 52.876, Paraná (27.204), Rio Grande do Sul (27.056), Minas Gerais (22.668) e Santa Catarina (16.975).

O painel revela que a região com maior percentual em relação ao número total de registros foi o Sudeste, com 42% dos casos do país. Enquanto o Sul tem três estados no ranking das cinco unidades da Federação que mais concentraram casos de câncer de pele no país no período citado, com 34,7% do total nacional. A Região Norte é a que menos contabilizou no período analisado -  2,7%. O Nordeste respondeu por 14,2% do total dos casos em todo o país e o Centro-Oeste, por 6,3%.

(*) com informações da Agência Brasil

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