Minas é um dos alvos de operação que investiga contratos ilegais no Ministério do Turismo

Anderson Rocha
19/02/2019 às 08:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:36
 (Reprodução/ Policia Federal)

(Reprodução/ Policia Federal)

A Polícia Federal do Recife deflagrou, nesta terça-feira (19), operação que investiga suposto esquema de corrupção milionário, com ramificações em Minas, que envolveria empresas de uma mesma família em contratos ilegais com o Ministério do Turismo e as entidades do Sistema S. No Estado, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. De acordo com a PF, ocorria a execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

A Operação Fantoche tem a colaboração do Tribunal de Contas da União e é articulada, além do Recife e  Minas Gerais, em São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Alagoas e no Distrito Federal. A estimativa da PF é de que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões a partir de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos. 

São cumpridos 40 mandados de busca e 10 de prisão temporária. A ação conta com a participação de 213 policiais federais e oito auditores do TCU. As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

Informações

Segundo investigação, um grupo de empresas sob o controle de um mesmo núcleo familiar atuaria de forma contínua, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. A prática consistia na utilização de entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar celebração de contratos e convênios diretos.

O Sistema S é composto pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Serviço Social do Comércio (Sesc); Serviço Social da Indústria (Sesi); e Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac). Existem ainda os seguintes: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); e Serviço Social de Transporte (Sest).

(Com Polícia Federal)

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