Minas fomentará pesquisa para poder reutilizar água

Amália Goulart - Hoje em Dia
10/05/2015 às 10:04.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:58
 (Weslwy Rodrigues)

(Weslwy Rodrigues)

O governo do Estado vai criar uma linha de pesquisa relativa ao reúso da água para enfrentar a crise hídrica sofrida pelos mineiros. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) ficará responsável pelo desenvolvimento da pesquisa em conjunto com a Hidroex, programa de gestão das águas. Ambas são coordenadas pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A Hidroex será fortalecida para a empreitada, que contará ainda com o auxílio de universidades públicas.
A informação é do secretário Miguel Corrêa Júnior, em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, que será publicada nesta segunda (11).
“Vamos iniciar a requalificação do uso da água em larga escala. A primeira área de atuação engloba a Região Metropolitana e a Central. Especialmente a Região Metropolitana, que corre risco de desabastecimento. Em seguida, vamos para o Norte e Jequitinhonha, que, na perspectiva de água hoje, são as regiões que sofrem uma crise mais impactante”, afirmou o titular da pasta de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
A iniciativa deve começar ainda neste semestre. Conforme o secretário, alavancar a pesquisa em águas em conjunto com a Fapemig é uma maneira de fortalecer a Hidroex, alvo de críticas da atual gestão, defendida pela anterior. De acordo com Corrêa Júnior, o papel da Hidroex, que é uma fundação criada para experiência e pesquisa em águas, será de protagonista.
Educação
Já a Cidade das Águas, estrutura física localizada em Frutal, no Triângulo Mineiro, poderá abrigar unidades educacionais, em um projeto que é gestado em parceria com o governo federal.
“Nossa aposta é associar as universidades federais, consorciar as universidades (já temos três ou quatro que de pronto toparam este desafio) e vamos tentar transformar a Cidade das Águas em um grande centro educacional de ensino superior. Com salas de aulas, alunos”, adiantou o secretário.
O local recebeu investimentos de cerca de R$ 200 milhões, mas abriga apenas alguns cursos da Universidade Estadual de Montes Claros (Uemg). Alguns dos prédios erguidos estão ociosos, de acordo com Corrêa Júnior.
Com a medida, poderão ser ofertadas aulas de universidades federais no local, na modalidade ensino a distância.
A Cidade das Águas foi desenvolvida para abrigar cientistas e pesquisadores hídricos.

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