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Minas Gerais investiga quatro casos suspeitos da variante Ômicron do coronavírus. Conforme informação do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13), todos os contaminados são de Belo Horizonte.
Tratam-se de dois homens e duas mulheres que chegaram de viagem da África do Sul, Gana e Moçambique. "Estamos fazendo a investigação. São casos que, na testagem, deram positivo. Estão isolados e seus contatos sendo reconhecidos. Estamos na fase de avaliação genômica para confirmar se é Ômicron ou não", diz na coletiva realizada na Cidade Administrativa, na capital mineira.
Ainda de acordo com o secretário de Saúde, um outro caso suspeito no Estado, registrado há duas semanas, já foi descartado. "Então temos esses quatro casos no momento e nenhum confirmado", conclui.
Até o momento, 11 casos da mutação foram confirmados em todo o país. Segundo o Ministério da Saúde, cinco notificações foram registradas em São Paulo, duas no Distrito Federal, duas no Rio Grande do Sul e duas em Goiás.
A cepa
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante representa risco global "muito alto", com evidências de que foge à proteção vacinal. Os dados clínicos sobre a gravidade da cepa, no entanto, ainda continuam limitados.
Detectada pela primeira vez em novembro na África do Sul e em Hong Kong, a Ômicron possui mutações que podem levar à maior transmissibilidade e a mais casos de Covid-19, informa a OMS em resumo técnico divulgado.
"O risco geral relacionado à nova variante de preocupação Ômicron permanece muito alto por uma série de razões", diz o órgão da ONU, reiterando a avaliação inicial que fez da cepa em 29 de novembro.
"E, em segundo lugar, as evidências preliminares sugerem potencial fuga imunológica humoral contra infecções e altas taxas de transmissão, o que poderia levar a novos surtos com graves conseqüências", acrescenta a organização, referindo-se à potencial capacidade do vírus de escapar da imunidade proporcionada pelos anticorpos.
O órgão também cita algumas evidências preliminares de que o número de pessoas reinfectadas com o vírus teria aumentado na África do Sul. "São necessários mais dados para entender o perfil de gravidade. Mesmo que a gravidade seja potencialmente menor do que para a variante Delta, é esperado que as hospitalizações aumentem como resultado do aumento da transmissão. Mais hospitalizações podem representar um fardo para os sistemas de saúde e levar a mais mortes", conclui.