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Pelo menos oito crianças e adolescentes são estuprados a cada 24 horas em Minas. De janeiro a março deste ano, 769 menores de 17 anos foram vítimas do ato de covardia, conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). No Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de jovens, lembrado nesta terça-feira (18), saiba como identificar e denunciar os abusos.
Raiva, nervosismo, vergonha e medo podem ser apresentados pelas vítimas, que ficam vulneráveis e inseguras. Os traumas ainda podem vir acompanhados de sentimentos de culpa. Outros sinais são comportamentos suicidas, baixa autoestima, ansiedade e depressão.
Os comportamentos de quem sofre a violência variam da agressividade à tristeza, como explica a psicóloga Fabíola Bonni, professora das Faculdades Promove. "Às vezes, o jovem fica mais fechado, chorando, e, quando vai ter contato com adultos, fica receoso”.
Ainda segundo a especialista, os pais devem ficar sempre atentos às amizades dos filhos. Na internet, é necessário observar as páginas utilizadas, como são as conversas nas redes sociais e orientar para não respondam mensagens de desconhecidos.
Se identificado o abuso, deve-se deixar claro que o menor não tem culpa: “É importante buscar uma ajuda especializada de um psicólogo ou terapeuta para a criança, além de tomar todas as providências cabíveis junto à polícia”, reforça Fabíola.
Denúncia
O abuso sexual é o uso da criança ou adolescente para uma satisfação pessoal. Já a exploração, é quando o menor é usado com a intenção de obter lucro ou benefício com a prostituição. Os crimes podem ser denunciados pela internet ou ligações. As chamadas podem ser feitas das 8h às 22h ,inclusive feriados ou finais de semana, pelo disque 100.
O governo federal disponibiliza uma cartilha com informações sobre os crimes, métodos do agressor, perfil das vítimas e legislação. A iniciativa é uma das ações do Maio Laranja, criado para incentivar atividades que possam conscientizar, prevenir, orientar e combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Também existem canais para atendimento às vítimas do abuso infantil. Dentre eles está a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, que também funciona por meio do Disque 100 e pelo WhatsApp.
(*) Especial para o Hoje em Dia