Minas registra mais de 40 incêndios florestais por dia; Bombeiros alertam para o período crítico

Gledson Leão
gleao@hojeemdia.com.br
20/08/2020 às 13:58.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:20
Ao todo, a Polícia Civil concluiu 687 procedimentos investigativos relacionados ao crime de "provocar incêndio em mata ou floresta" (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Ao todo, a Polícia Civil concluiu 687 procedimentos investigativos relacionados ao crime de "provocar incêndio em mata ou floresta" (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

Minas já registra uma média de 42 incêndios florestais por dia em 2020, conforme levantamento do Corpo de Bombeiros. De janeiro a julho foram 8.719 intervenções em matas do Estado. Porém, o alerta é maior a partir de agora. Com o tempo seco e a falta de chuva, o período crítico acontece em agosto e setembro.

Nesta quinta-feira (20), um incêndio consome uma área verde próximo ao bairro Olhos D'água, na região Oeste de BH. Quem passa pelo Anel Rodoviário já consegue observar muita fumaça e destruição. Brigadistas atuam por lá e militares seguiam para ajudar nos trabalhos. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, só em julho foram registrados 3.500 incêndios florestais. Desses, 1.210 na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), sendo 862 na capital.Henrique André/Hoje em Dia / N/A

Incêndio em área de mata no bairro Olhos D'Água, nesta quinta-feira

A corporação alerta que 99% dos casos são causados pela intervenção do homem, como queimadas criminosas em áreas de pasto, guimbas de cigarro e até mesmo pequenos atos, como queima de folhas no quintal.

"Estamos em um momento crítico, de julho a setembro há uma redução da umidade do ar e um aumento médio da temperatura. Em Minas, por conta da topografia, temos ainda a formação de correntes de vento, que contribuem para a propagação do fogo, aumentando a área atingida pela queimada de forma rápida", explicou o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros. 

Segundo ele, a população deve se conscientizar de que a queimada afeta diretamente a qualidade de vida de todos. "Essas áreas florestais que são atingidas pelos incêndios contém nascentes que dependem dessa vegetação. As queimadas podem afetar o sistema hídrico das cidades, além de prejudicar a qualidade do ar e contribuir para o agravamento das doenças respiratórias", explicou o tenente.

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