Atendimentos pediátricos aumentaram 55% na rede particular em apenas uma semana
Nada menos que 143 internações por doenças respiratórias foram registradas na rede própria da Unimed-BH em apenas uma semana. Ao todo, 82 crianças de até 14 anos foram hospitalizadas na cooperativa, que tem atuação na região metropolitana. Médicos reforçam o alerta às famílias para os sintomas das enfermidades e as medidas de prevenção.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (15) pela rede, que mantém as internações em níveis elevados e continua registrando alta nas consultas. Segundo a Unimed, entre 4 e 10 de maio os atendimentos eletivos pediátricos apresentaram aumento de 55% em relação à semana anterior (27 de abril a 3 de maio).
A rede reforça que é alta a circulação de vírus respiratórios como Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Rinovírus e Influenza A, apontados como os principais causadores dos quadros de síndrome gripal em Belo Horizonte.
Segundo a Unimed, medidas emergenciais foram adotadas para ampliar a assistência aos clientes, como reforço das equipes e abertura de novos leitos.
Segundo a pediatra e diretora técnica do Hospital Infantil São Camilo Unimed, Marisa Lages Ribeiro, crianças menores de 5 anos, especialmente as com menos de 2, são mais vulneráveis às infecções respiratórias devido a características imunológicas.
“Nessa faixa etária, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento e as vias aéreas são mais estreitas, o que facilita a obstrução e dificulta a eliminação de secreções”.
As infecções podem evoluir de quadros leves, como resfriados e gripes, para doenças mais graves, como bronquiolite — comum em bebês e causada principalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) — além de pneumonia, otites e sinusites.
A médica também chama atenção para a asma, doença crônica que pode se agravar nesta época do ano, exigindo acompanhamento regular e tratamento preventivo com medicações específicas.
A profissional alerta que sinais como febre persistente por mais de três dias, tosse contínua, dificuldade para respirar, respiração acelerada, prostração e recusa alimentar são indicativos de que a criança deve ser avaliada por um médico.
Ela reforça ainda a importância da vacinação, da higiene frequente das mãos e da adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, hidratação adequada e rotina de lazer, descanso e vínculos afetivos.
Durante períodos de alta sazonalidade de doenças respiratórias é essencial que pais e mães adotem medidas preventivas para proteger as crianças. As principais orientações incluem:
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