Após fiscalizar e identificar responsáveis por ilícitos ambientais em 138 propriedades de Minas Gerais, a operação "Mata Atlântica em Pé" gerou 134 autos de infração e cerca de R$ 23,7 milhões em multas em 2022. Além disso, mais de dois mil hectares foram embargados ou suspensos.
A operação é um trabalho conjuntos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Polícia Militar do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
As ações foram realizadas em 18 municípios: Divisópolis, Mata Verde, Bandeira, Jordânia, Almenara, Medina, Jequitinhonha, Comercinho, Pedra Azul, Divisa Alegre, Cachoeira do Pajeú, Águas Vermelhas, Jacinto, São João do Paraíso, Ninheira, Berizal, Curral de Dentro, Salinas e Santa Cruz de Salinas.
Confira abaixo o vídeo de uma das ações:
"A operação começou em 19 deste mês e envolve outros 16 estados. O balanço nacional será divulgado nesta sexta-feira (30), quando serão contabilizadas as áreas vistoriadas e as infrações identificadas", informou o MPMG.
Na operação, as equipes realizaram monitoramento das áreas por meio de imagens de satélite e com visitas a propriedades onde havia suspeita de desmatamento.
"Uma vez constatados os ilícitos, os responsáveis são autuados e podem responder judicialmente – nas esferas cível e criminal – além das sanções administrativas relacionadas aos registros das propriedades rurais", explicou o Ministério Público.
Em Minas, as ações contaram com 41 policiais militares, 30 técnicos da Semad, 12 servidores do Ibama, além de quatro militares do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do MPMG.
Histórico
Em 2021, a mesma operação identificou 8.189 hectares de vegetação suprimida ilegalmente em todo o país, resultando em mais de R$ 55 milhões em multas – valor 70% superior às autuações de 2020. No ano passado, foram fiscalizadas 649 localidades em 17 estados.
Em Minas, foram identificados desmatamentos irregulares em 2.784,50 hectares de florestas, com aplicação de mais de R$ 27 milhões em multas.
Em comparação com 2020, a operação do ano passado no Estado gerou um aumento de 44% em áreas fiscalizadas, além de 20% mais desmatamentos ilegais descobertos e crescimento de cerca de 279% nas multas.
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