(Mamografia_Lucas Prates_Arquivo Hoje em Dia)
Principais armas no combate ao câncer de mama, os exames de mamografia ainda são deficitários em Minas Gerais, seguindo uma tendência nacional. No Estado, deveria haver 17,5% mais de cobertura do recurso. Além da ausência de aparelhos em algumas regiões, faltam profissionais especializados para diagnóstico e tratamento adequados.
As estatísticas foram lembradas Na última quarta-feira (5), Dia Nacional da Mamografia, revelando motivos de preocupação da comunidade médica. Conforme o Ministério da Saúde, Minas Gerais tem cobertura de 32,5% de mamografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas o esperado seriam 50%.
Em 2012, foram feitos 284.717 exames em mulheres entre 50 e 69 anos, enquanto deveria haver 876.339. Mesmo assim, Minas lidera o ranking entre os estados da região Sudeste e supera a cobertura nacional, de 26,6%. No ranking brasileiro, o Estado está em 4º lugar, atrás de Santa Catarina (41%), Bahia (37,2%) e Paraná (35,9%).
Déficit
No Brasil, mais da metade dos cerca de 5 mil municípios com até 50 mil habitantes não tem mamógrafos, segundo levantamento inédito da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).
Em 11 estados pesquisados em 2013, um em cada oito mamógrafos instalados em hospitais públicos está sem uso. A maioria está nessa situação pela falta de profissionais para operação, mas muitos estão quebrados ou ainda embalados.
Segundo o presidente da regional mineira da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM-MG), Clécio Ênio Murta de Lucena, em Minas, a distribuição geográfica dos aparelhos de mamografia ainda é um problema. Há municípios do Norte e Nordeste com um déficit muito expressivo de estrutura de combate ao câncer de mama. “Em Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, há um mamógrafo, mas ele está subutilizado por falta de pessoal”, exemplifica.