Alerta

Acidentes elétricos matam mais que infecções graves, como meningite e leptospirose

Cemig faz alerta para risco de morte em incêndios causados por instalações elétricas precárias

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
01/09/2025 às 17:28.
Atualizado em 01/09/2025 às 19:36

Nada menos que 759 pessoas perderam a vida após acidentes elétricos no Brasil. O número é próximo ao de óbitos provocados pela meningite bacteriana (700) e mais que o dobro das mortes por leptospirose (346) - infecção grave transmitida pela urina de roedores. Os dados de 2024 da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) e do Ministério da Saúde foram cruzados pela Cemig, que fez nesta segunda-feira (1º) novo alerta para os riscos de incêndios causados por instalações precárias. 

Conforme a estatal, a comparação mostra que a eletricidade pode ser tão perigosa quanto doenças amplamente conhecidas pela população. No ano passado, de acordo com estudo da Abracopel, foram registrados 2.373 acidentes relacionados à eletricidade, crescimento de 11,6% em relação ao ano anterior.

A companhia mineira lembra que a utilização de Ts, benjamins e extensões para a conexão simultânea de vários aparelhos é comum em muitas casas. No entanto, a prática é perigosa, já que pode provocar sobrecarga de energia, causando sobreaquecimento e curtos-circuitos em redes não preparadas para suportar a carga elétrica. Os resultados são incêndios e até acidentes fatais.

O engenheiro de Segurança do Trabalho da Cemig, Alexandre Pinto da Silva, alerta que as conhecidas “gambiarras” nas instalações são "totalmente desaconselháveis". O ideal, segundo ele, é que aparelhos de maior potência, como ar-condicionado, chuveiro e micro-ondas, tenham circuito próprio para evitar riscos.

“É importante também que todas as casas tenham um projeto elétrico, o que facilita a manutenção e até a avaliação para o acréscimo de novas cargas. Além disso, qualquer serviço elétrico deve ser realizado por profissionais qualificados, para que não haja esse tipo de problema”. 

Uso de celulares e carregadores

Outro ponto é a proteção de tomadas em casas com crianças ou animais de estimação. O engenheiro também recomenda cuidado com o carregamento de celulares, que deve ser feito sobre superfícies lisas, ventiladas e longe de tecidos ou materiais combustíveis.

Em caso de superaquecimento, esses materiais podem queimar facilmente e espalhar o fogo por toda a residência. Além disso, ele orienta que as pessoas não utilizem os aparelhos que estiverem carregando.

Quando houver necessidade de ligar vários equipamentos em uma mesma tomada, a recomendação é utilizar filtros de linha de qualidade, com dispositivo de proteção interno. Outra recomendação da Cemig é nunca deixar fios expostos, já que eles aumentam o risco de choques e fagulhas.

* Informações da Agência Minas

Leia mais:

© Copyright 2025Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por