Vítima contou que levou choques no pescoço de um homem que conheceu em um semáforo na região Norte da capital
As polícias Militar e Civil estão à procura de um homem, de aproximadamente 40 anos, suspeito de sequestrar, acorrentar e torturar uma adolescente de 14 anos em um sítio na zona rural de Caeté, na região Metropolitana de Belo Horizonte, na sexta-feira (2). A jovem teria conseguido se soltar e pedir por socorro em um condomínio residencial a 400 metros do cativeiro. Ela estava amarrada por um cadeado.
Conforme informações do Boletim de Ocorrência, a menina contou que é usuária de crack e estava pedindo dinheiro em um semáforo em frente à UPA Norte, na Via 240, no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte da capital, quando um homem passou em um carro velho e ofereceu emprego, que ela ajudaria a limpar uma piscina de um sítio que havia acabado de comprar.
Segundo ela, no carro estavam duas crianças, meninas de aproximadamente 5 e 7 anos, que seriam filhas do homem. Ela topou e entrou no carro.
"Após iniciarem o deslocamento pela rodovia BR-381, chegaram a um terreno na área rural, onde o homem a levou a um cômdo existente no local, acorrentou seu pescoço e aplicou choques elétricos. Após a tortura, o autor trancou o cômodo e disse que retornaria posteriormente, instruindo-a a permanecer no local", detalha o documento policial.
Para se libertar, a garota contou que quebrou a porta de vidro e, acorrentada, caminhou até um condomínio, onde pediu ajuda a moradores.
Com as informações repassadas pela menor, a PM localizou o local onde ela teria sido torturada, mas não encontrou o suspeito. Vizinhos também não souberam informar quem seria o homem ou direcionar o trabalho de buscas.
A PM também acionou o Conselho Tutelar de Caeté e fez contato com a família da garota. Entretanto, familiares disseram que não teria como receber a garota por conta dos problemas dela com drogas.
Os militares disseram ainda que, a todo momento, a adolescente "demonstrou comportamento agressivo e hostil em relação ao policiais, proferindo xingamentos e insultos."
A adolescente ficou sob a responsabilidade do Conselho Tutelar de Caeté e as polícias seguem fazendo buscas pelo suspeito.